Raquel Landim

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Articulação de Temer por candidato de direita em 2026 revolta bolsonaristas

Uma suposta articulação do presidente Michel Temer por um candidato alternativo de direita à Presidência da República em 2026 revoltou os bolsonaristas neste domingo (11).

"A direita sem Bolsonaro é direita sem voto, simples assim", disse à coluna Fabio Wajngarten, advogado e ex-secretário especial de Comunicação do governo Bolsonaro.

Wajngarten já havia se manifestado logo cedo nas redes sociais após a publicação de um editorial do jornal O Estado de S. Paulo, intitulado "Uma luz à direita".

O editorial descreve uma articulação encabeçada por Temer, que estaria estimulando os governadores de oposição - Tarcísio de Freitas (São Paulo), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Junior (Paraná - a lançarem suas pré-candidaturas sem atacarem os demais.

E só no primeiro semestre que vem decidirem entre eles quem seria o adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve buscar a reeleição.

Seria uma tentativa de neutralizar a influência de Bolsonaro no pleito, que detém apoio popular e liderança nas pesquisas, apesar de ter sido declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e de enfrentar um processo por golpe de Estado no STF (Supremo Tribunal Federal).

O movimento de Temer preocupou os apoiadores de Bolsonaro, que deseja, se não conseguir reverter as condenações, escolher o candidato da direita.

"Quem se aventurar a se candidatar nas costas do presidente Bolsonaro será derrotado e terá de dar um cavalo de pau. A matéria-prima da eleição é o voto", disse Wajngarten. "A usina de voto é Bolsonaro. Hoje mais do que nunca é hora de estar ao lado dele ao invés de conspirar um grupo político sem ele".

Temer ainda não foi localizado para falar do assunto, porque está em viagem a Nova York.

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