Raquel Landim

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Reportagem

Governo tenta blindar CPMI do INSS e assumir todos os postos-chave

A articulação política do governo Luiz Inácio Lula da Silva quer se blindar na CPMI do INSS e assumir todos os postos-chave da comissão: presidência, vice-presidência, relatoria.

Conforme apurou a coluna, o governo já está ciente de que vai ser difícil barrar a instalação da comissão e, por isso, decidiu tentar uma estratégia que dê controle sobre quem vai depor e quando.

Ainda não há nomes definidos para os cargos.

Outra tentativa em andamento é restringir a investigação a uma CPI apenas no Senado ao invés de uma CPMI mista, que inclui também deputados. A CPMI tem mais membros e, portanto, mais espaço para discursos e ataques.

Até terça-feira, a oposição já havia atingido 236 das 250 assinaturas necessárias para ter maioria no Congresso para a instalação da CPMI. No Senado, o quórum já estava garantido, faltando apenas a Câmara.

Lideranças da oposição traçaram uma estratégia para pressionar o presidente do Senado, David Alcolumbre, a instalar a investigação.

A primeira é constranger deputados e senadores a apoiarem devido ao apelo popular do tema.

O INSS é alvo de uma investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que apura descontos indevidos nos contracheques dos aposentados cujos recursos eram desviados para associações de fachada.

Uma mapeamento está sendo feito dos senadores e deputados que já assinaram o pedido e a maior resistência estava nos Estados do Nordeste, onde o número de aposentados lesados é maior, mas também onde o governo tem mais força.

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Segundo parlamentares da oposição, o objetivo é investigar as ligações dos movimentos sindicais com o escândalo.

O governo Lula tem raízes e amplo apoio no sindicalismo, que também é berço de Carlos Lupi (PDT), o ex-ministro da Previdência, que foi demitido por conta da crise.

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