Pesquisas 'blindam' Michelle no PL e são decisivas para queda de Wajngarten

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O desempenho de Michelle Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República "blindaram" a ex-primeira-dama dentro do PL e foram decisivas para a demissão do advogado Fabio Wajngarten.
Fontes com conhecimento do assunto dizem que o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, não pode negar o pedido dela, porque Michelle hoje é vista como o "amanhã", por causa da inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).
Levantamento da Paraná Pesquisas realizado em fevereiro aponta que Michelle empataria tecnicamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno, por 42,9% a 40,5%. A margem de erro da pesquisa, contratada pelo próprio PL, é de 2,2 pontos percentuais.
O partido tem incluído Michelle em todas as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República e acredita que ela será uma "puxadora de voto", seja como candidata ao cargo máximo, a vice-presidência ou a senadora.
Michelle pediu a demissão de Wajngarten como assessor do partido depois que uma reportagem do UOL mostrou uma troca de mensagens entre ele e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid.

Nas mensagens, Cid diz preferir Lula a Michelle como presidente. Wajngarten então responde: "Idem". O teor do diálogo foi revelado pelo UOL na semana passada dentro da série de reportagens "O Zap do Cid", baseada em mais de 77 gigabytes de arquivos extraídos pela PF no celular do tenente-coronel.
A ex-primeira-dama é conhecida pelo gênio forte e por não se dar bem com o staff de Bolsonaro.
Aversão à imprensa
As desavenças entre Michelle e Wajngarten já vêm de algum tempo e aumentaram nos últimos meses, quando o ex-secretário de Comunicação passou a intensificar os contatos de Bolsonaro com a mídia.
Recentemente, o ex-presidente deu entrevistas para UOL, Folha, Veja, entre outros veículos de fora da "bolha bolsonarista" para apresentar sua versão sobre a acusação de golpe de Estado.
O ex-presidente também escreveu um artigo na Folha de S.Paulo.
Michelle é contra esses contatos porque tem aversão à imprensa, que considera "vendida".
Já Wajngarten cultiva boa relação com veículos e jornalistas e acha importante Bolsonaro não hostilizar a mídia.
Ainda não se sabe se a saída de Wajngarten vai significar um retorno de Bolsonaro a sua postura de embate com os jornalistas.
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