Não precisa arrombar, abro a porta de casa, diz fundador da Ricardo Eletro
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O empresário Ricardo Nunes, fundador da rede varejista Ricardo Eletro, diz que a Justiça não precisa arrombar a porta da sua casa. "Eu abro a porta para o oficial de Justiça, só precisamos agendar", afirmou à coluna.
Em razão de uma dívida da Ricardo Eletro de R$ 61,2 milhões com as organizações Globo, a Justiça paulista determinou a penhora das contas bancárias e de bens pessoais do empresário. Na decisão, o juiz Antônio Carlos Santoro Filho autorizou o arrombamento da casa do empresário, localizada no Jardim Europa, em São Paulo, para a eventualidade de o acesso não ser liberado ao oficial de justiça encarregado de fazer a penhora dos bens.
Nunes não é mais acionista da Máquina de Vendas, que controla a Ricardo Eletro, mas foi avalista de sete notas promissórias emitidas em 2017 pela empresa varejista para a Globo. O grupo foi assumido pela MV Participações.
O empresário diz que já pediu aos seus advogados que agendem a visita do oficial de justiça. "Eu fico muito em Belo Horizonte, pode ser que o oficial tenha vindo à minha casa no momento em que eu estava viajando", afirmou. "Mas não há problema algum."
Nunes afirma que a dívida com a Globo é da Ricardo Eletro e que a empresa pretende pagá-la dentro do processo de recuperação judicial. "A empresa está passando por dificuldades, agravadas pela pandemia, mas vai pagar tudo direito", afirma.
Grupo passa por recuperação judicial
Recuperação judicial é um mecanismo pelo qual a Justiça suspende as ações de execução por 180 dias, prazo no qual uma empresa em dificuldades financeiras deve apresentar um plano de pagamento aos credores. Esse plano precisa ser aprovado em assembleia. Do contrário, a falência pode ser decretada.
No entendimento do juiz, no entanto, a recuperação judicial não impede o andamento de ações de cobrança contra o avalista.
Em julho, Ricardo Nunes chegou a ser preso sob acusação de sonegar R$ 400 milhões em impostos que deveriam ter sido pagos ao longo de cinco anos a Minas Gerais, estado aonde a empresa foi fundada em 1989.
De acordo com o Ministério Público, a Ricardo Eletro cobrava o imposto embutido no preço dos produtos, mas não repassava ao governo. A empresa afirma que os atos investigados são anteriores à gestão atual da companhia e que Nunes não faz mais parte do seu quadro de acionistas nem da sua administração.
O empresário diz que não houve crime. Afirma que os tributos foram lançados na contabilidade da Ricardo Eletro e declarados ao Fisco, sem qualquer espécie de fraude.
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