Rogério Gentile

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Justiça nega pedido de Robinho para reduzir pena após curso de eletrônica

A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de redução da pena feito pelo ex-jogador de futebol Robinho, condenado a nove anos de prisão por violência sexual em grupo contra uma mulher de origem albanesa em uma boate de Milão, na Itália, em 2013.

Robinho, que está preso na penitenciária de Tremembé, no interior paulista, queria reduzir a sua pena em 50 dias por ter concluído um curso a distância de eletrônica básica, rádio e TV do Instituto Universal Brasileiro, entre abril e setembro do ano passado.

À Justiça, Robinho afirmou que o curso levou 600 horas. A legislação estabelece que um preso em regime fechado ou semiaberto tem o direito de abater um dia de pena a cada 12 horas de frequência escolar.

A decisão de rejeitar o pedido foi publicada no Diário Oficial de hoje após o Ministério Público ponderar que o certificado apresentado no processo não atendeu aos requisitos mínimos, além de não apresentar anotação de frequência.

Robinho ainda pode contestar a decisão.

Robinho foi condenado em 2022

O ex-jogador, que começou sua carreira no Santos e atuou por Milan, Real Madrid e seleção brasileira, foi condenado em última instância pelo Judiciário italiano em 2022.

Em março do ano passado, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) homologou a sentença italiana e autorizou a transferência do cumprimento da pena para o Brasil. Em novembro, o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou a decisão.

De acordo com as investigações, Robinho e outros cinco amigos estupraram uma jovem, que estava embriagada. Diversas gravações de ligações telefônicas entre os acusados, feitas com autorização judicial, foram transcritas na sentença, confirmando a participação de Robinho no episódio.

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Ao ser interrogado, Robinho negou a acusação. Ele admitiu que manteve sexual com a mulher, mas afirmou que foi sexo oral consensual e sem outros envolvidos.

Posteriormente, em entrevista à Record TV, disse que teve uma relação 'superficial e rápida". "Fizemos sexo oral e trocamos beijos. Estávamos ali com o consentimento dela. Ela estava consciente, em nenhum momento gritou ou pediu para parar. Quando vi que ela queria continuar com outros rapazes, eu fui embora para casa", afirmou.

Reportagem

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