Ronilso Pacheco

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Opinião

A superioridade de Marina, a estupidez de Rogério e a misoginia de Valério

Os senadores Plínio Valério (PSDB-AM) e Marcos Rogério (PL-RO) protagonizaram nesta terça-feira a performance política digna dos estúpidos, machistas, misóginos, racistas, sexistas, violentos, desrespeitosos, ignorantes, covardes, hostis, fascistas, lacaios, inúteis, imprestáveis, preconceituosos, imorais, amorais, parasitas, cretinos, antidemocráticos, tralhas, nocivos, despreparados, moleques, soberbos, mesquinhos, irrelevantes, arrogantes, toscos, babacas, valentões, mal-educados, debochados, raivosos, cínicos, sonsos, mau-caracteres, dissimulados, farsantes, canalhas, medíocres, pequenos, autoritários... dos estúpidos.

O ataque dos dois parlamentares da região Norte contra a ministra Marina Silva não foi apenas vergonhoso, um escândalo, mas, sobretudo, revelador do caldeirão nefasto no qual estão jogando a pauta ambiental no país. E querem, claro, jogar Marina no caldeirão junto com a pauta.

É também revelador de que este não é apenas o Congresso mais conservador da história, ele é o Congresso com a maior ocupação de extremistas interesseiros, antigênero, racistas e autoritários da história.

São homens forjados na radicalização política, física e verbalmente. Que se comunicam com a linguagem da violência e da imposição. Ou desejam "enforcar" as mulheres que não lhes obedecem, ou exigem que elas se recolham aos lugares que eles determinam.

A vergonha de ontem no Senado não é muito sobre Marina. Porque Marina Silva é, de longe, a figura mais prestigiada internacionalmente do governo, depois do presidente Lula.

Sua voz e sua liderança estão no nível das grandes autoridades políticas que são reconhecidamente negociadoras das grandes questões globais. Marcos Rogério e Plínio Valério seriam incapazes de diminuir Marina Silva.

São claramente dois homens minúsculos, irrelevantes politicamente no país, diante de uma personalidade gigante demais para "pôr-se no seu lugar". Então, não foi sobre Marina.

A vergonha maior e o maior derrotado do infame dia 27 de maio foi do próprio Senado. Levaram a Casa ao fundo do poço, entregaram a condução de uma comissão a um parlamentar que fala e se porta de forma claramente misógina, desrespeitosa e debochada.

Permitiram a presença e garantiram a fala ao mesmo senador que achou razoável dizer que se esforçava para não enforcar a ministra ao ouvi-la falar.

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E é tanto prazer na estupidez e na infâmia, que este mesmo senador inicia sua fala debochadamente dizendo à ministra como era "bom reencontrá-la". O Senado agora flerta com posturas psicopáticas.

Foi vergonhoso não ver na sala da comissão as vozes de senadores homens sensatos que exigissem, no mesmo tom dos covardes, o fim da sessão e a interdição do ataque à Marina. Um silêncio que vem desde o presidente do Congresso. Davi Alcolumbre, covarde ou conivente?

De certa forma, o vexame também é uma derrota para o próprio governo. O apoio a Marina demorou a vir publicamente de ministros (sobretudo "ministros", homens) e autoridades do governo. E veio em publicações nas redes sociais. É pouco.

Marina está claramente isolada, numa luta inglória na qual o governo, incluindo o próprio presidente Lula, vacila em se posicionar com firmeza ao lado das ideias, posições e propostas da ministra.

Na defesa do governo a Marina, faltou a fala pública, o rosto para as câmeras, a voz nos microfones, a exigência de uma atitude de Alcolumbre.

Mas Marina segue sendo, no Brasil e no mundo, gigante. Marcos Rogério e Plínio Valério?

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Estúpidos, machistas, misóginos, racistas, sexistas, violentos, desrespeitosos, ignorantes, covardes, hostis, fascistas, lacaios, inúteis, imprestáveis, preconceituosos, imorais, amorais, parasitas, cretinos, antidemocráticos, tralhas, nocivos, despreparados, moleques, soberbos, mesquinhos, irrelevantes, arrogantes, toscos, babacas, valentões, mal-educados, debochados, raivosos, cínicos, sonsos, mau-caracteres, dissimulados, farsantes, canalhas, medíocres, pequenos, autoritários... dos estúpidos.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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