Interino, Alcolumbre fará voo que Bolsonaro evitou sobre óleo no Nordeste
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), será empossado interinamente na Presidência da República hoje às 15h.
Terceiro na linha de substituição do presidente Jair Bolsonaro, ele assume devido à viagem do vice-presidente Hamilton Mourão ao Peru e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para Inglaterra e Irlanda.
Mas antes mesmo de assumir o Cerimonial da Presidência já enviou convite, na qualidade de mandatário do Planalto, aos senadores de Alagoas e do Sergipe para acompanhá-lo em sobrevoo pelo litoral dos dois estados.
O convite chama os senadores para uma "verificação e providências referentes às manchas de óleo nas praias" do Nordeste, cuja origem ainda não foi detectada pelo governo federal.
O sobrevoo pelas áreas que sofreram desastres ecológicos ou ambientais é um costume comum dos presidentes em exercício. Uma forma de mostrar preocupação com o ocorrido.
Michel Temer sobrevoou o Rio de Janeiro durante as chuvas de 2017 e Dilma Rousseff sobrevoou a região atingida pelo desabamento da represa de Mariana, em Minas Gerais, em 2015.
Lula fez vários sobrevoos por causa de enchentes durante seus dois governos, esteve em Santa Catarina e nos estados do Nordeste.
Fernando Henrique Cardoso, no ano 2000, sobrevoou Minas Gerais e Rio de Janeiro durante as chuvas, numa disputa de marketing político com o então governador do estado e seu antecessor no Planalto, Itamar Franco.
O próprio Bolsonaro sobrevoou a região atingida pelo desabamento da represa de Brumadinho, em Minas Gerais, em demonstração de solidariedade pelas vítimas.
Mas desta vez, em meio a críticas sobre o desinteresse por problemas ambientais, o presidente não sobrevoou o litoral nordestino, atingido pelo vazamento de óleo.
O óleo começou a chegar às praias antes da viagem de Bolsonaro à Ásia, iniciada na segunda-feira, 21.
Ao sobrevoar os dois estados nordestinos Alcolumbre dará foco ao desinteresse do presidente Jair Bolsonaro, causando uma saia justa no Planalto
A comitiva do presidente interino viajará num avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Foram convidados senadores considerados independentes em relação ao governo e oposicionistas:
- os alagoanos Renan Calheiros (MDB), Fernando Collor (Pros) e Rodrigo Cunha (PSDB);
- os sergipanos Alessandro Vieira (Cidadania), Maria do Carmo Alves (DEM) e Rogerio Carvalho (PT).
Até o início da noite a Presidência do Senado ainda não havia recebido nenhuma recusa aos convites.
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