Bolsonaristas atribuem ao general Ramos versões sobre demissão de Weintraub
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O ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, é o novo alvo dos bolsonaristas radicais. Eles atribuem ao militar o vazamento de informações sobre a iminente demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, entre outras notícias contrárias a essa ala do governo.
Weintraub tem sido apontado como o próximo ministro a ser demitido. O presidente Jair Bolsonaro estaria negociando uma saída honrosa para seu auxiliar.
A ideia de afastamento teria ganhado força desde a divulgação da reunião ministerial do dia 22 de abril, em que Weintraub declarou que, por ele, os ministros "vagabundos" do Supremo Tribunal Federal (STF) já estariam na cadeia.
A participação do ministro, neste final de semana, em ato na Praça dos Três Poderes contra o STF, quando ele reafirmou o que disse na reunião, teria sido gota d'água para a decisão de afastamento.
Na verdade, a ala militar do governo sempre avaliou que o radicalismo do ministro é um estorvo. Assim como a forma com que administra sua pasta, considerada tecnicamente inepta e excessivamente ideologizada.
Mas as pressões para a saída do ministro desencadearam uma guerra no governo. Os bolsonaristas de raiz contam com o apoio, por enquanto discreto, dos filhos do presidente.
Já o guru do grupo, Olavo de Carvalho, não esconde as divergências com o ministro general.
Ontem, Olavo postou vídeo no facebook em que critica Luiz Eduardo Ramos por ter declarado considerar "um patriota" o ex-deputado e ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo.
Olavo lembra que Aldo, hoje filiado ao Solidariedade, foi deputado federal pelo PCdoB de São Paulo e que nenhum comunista, segundo ele, pode ser nacionalista.
"Que palhaçada é essa, general? O senhor tem que se arrepender de sua leviandade", disse Olavo, afirmando que militares como Ramos aceitam a ideologia comunista dentro do governo, mas não aceitam ideologias quando se trata da direita.
Hoje, Eduardo Bolsonaro retuitou um post de Abraham Weintraub sobre uma montagem em vídeo em que sugere que a colunista do UOL Thaís Oyama estaria defendendo sua morte.
A colunista nega que deseje a morte do ministro ou que tenha sugerido isso. Ao blog, ela disse que, como cidadã preocupada com os rumos da Educação, o que deseja ardentemente é a saída de Abraham Weintraub da pasta. E foi nesse contexto que fez o comentário. Thaís lamenta o fato de o ministro desconhecer, "entre tantas outras coisas", o significado de "sentido figurado".
Eduardo e Carlos já lideraram uma campanha pública pela permanência de Weintraub no governo.
Logo após a publicação desta matéria, o general Ramos telefonou para o Blog: "Não há hipótese de eu ter vazado qualquer coisa. Não tenho a menor ideia de que atitude o presidente vai tomar em relação a este assunto. Por favor, coloque aí que estou fora dessa."
Com o apoio dos filhos do presidente da República e do guru do bolsonarismo, os aliados de Weintraub acreditam que dificilmente ele será ejetado da Esplanada dos Ministérios.
Muito embora o ministro já tenha dito que odeia Brasília.
A propósito: o ex-deputado Aldo Rebelo enviou ao blog uma resposta ao post de Olavo de Carvalho. Diz Aldo:
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