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Hamilton Mourão insiste em não passar a faixa e Arthur Lira se beneficia
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Está nas mãos do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidir se divide a festa de sua posse com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que está em campanha pela recondução ao cargo.
Ouvido pela coluna, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (Republicanos), insiste em não entregar a faixa presidencial a Lula, mesmo após auxiliares de Jair Bolsonaro (PL) divulgarem que o atual presidente viajará para os EUA ainda nesta semana, e não volta antes da posse.
Eleito senador pelo Rio Grande do Sul, Mourão argumentou à coluna que, se substituísse Bolsonaro na cerimônia de entrega da faixa, "seria crucificado pelos meus eleitores e ainda seria chamado de traidor".
Foi perguntado ao general se não é Bolsonaro quem está traindo seus eleitores ao fugir do país. Mourão respondeu laconicamente: "Pois é, lamentável."
Segundo a Constituição, o vice-presidente da República é o segundo na linha de substituição do presidente. O terceiro nome da lista é o presidente da Câmara, Arthur Lira, que já se ofereceu ao presidente Bolsonaro para passar a faixa.
Mas não há, na Constituição, determinação de que seja seguida uma linha de substituição na cerimônia de passagem da faixa. Cabe ao cerimonial do atual e do novo governo escolher como ocorrerá a imposição da faixa no presidente que entra.
Ou seja, embora o mais natural, digamos assim, seja seguir a ordem da linha sucessória, Lula poderá decidir por qualquer outra forma.
Para Arthur Lira, ao passar a faixa ele teria um protagonismo ativo na cerimônia de posse. Seria uma demonstração a mais do bom relacionamento com o novo presidente da República e do apoio de Lula e do PT à sua recondução no comando da Câmara.
Ainda não houve uma sinalização do petista de que deseja dividir a festa tanto assim com Arthur Lira. Mas o tema está em discussão na equipe de transição.
Outro que tem-se declarado disposto a entregar a faixa a Lula é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Mas ele só seria um nome natural se Arthur Lira viajasse para fora do país no dia 1ª.
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