A história passou pela janela e só o PT não viu
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É sabido que a direita xucra é filhote da esquerda burra.
E os erros da segunda não são poucos nem irrelevantes.
A esquerda fez vista grossa para os regimes totalitários russo, chinês e cubano. Aplaudiu e fomentou lideranças populistas, das quais Chavez e Lula foram só as mais vistosas.
No Brasil, o PT ressuscitou o intervencionismo varguista, esbaldou-se na irresponsabilidade fiscal e chafurdou na roubalheira. E ao enrolar-se nas próprias bandeiras, desprezou os pleitos comezinhos da classe média trabalhadora, que —parte por abandono, parte só de raiva— se jogou nos braços do capitão.
Ontem, em votação histórica, o Senado aprovou o novo marco regulatório do saneamento básico que permitirá à iniciativa privada atuar onde até hoje o Estado fracassou.
Romperam o século 21 sem acesso à água tratada 33 milhões de brasileiros. Os que têm de conviver com esgoto a céu aberto são mais de 95 milhões.
Diante da enormidade da tragédia, era de se esperar que a pauta unisse gregos e troianos. Mas não foi o que ocorreu.
O relator do projeto no Senado, o tucano Tasso Jereissati, teve de suar a camisa para vencer a resistência de colegas do PT, para os quais a privatização de serviços públicos segue sendo um anátema.
Enquanto parlamentares de centro e direita tratavam da tentativa de tirar milhões de brasileiros da doença e da indignidade, no Twitter petistas subiam a hashtag "não à privatização da água".
O projeto de saneamento básico foi aprovado por 65 votos a 13, sendo que seis dos votos contrários vieram de senadores do PT — a bancada completa do partido.
Com um pouco de sorte e otimismo, a decisão de ontem tirará em algumas décadas o país da Idade Média.
Mas não o PT.
O partido de Lula, como dizia Millôr Fernandes sobre o Brasil, provou outra vez que tem um enorme passado pela frente.
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