A "rachadinha" mostra a sua cara
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Márcio Pacheco tornou-se o primeiro deputado suspeito da prática de rachadinha a ser denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
É uma má notícia para Flávio Bolsonaro.
Como Flávio, ex-deputado estadual e hoje senador, Pacheco, do PSC, é acusado de ter se apropriado de dinheiro público ao colocar no bolso parte do salário de seus funcionários.
Na Assembleia Legislativa do Rio, 21 parlamentares são investigados pela mesma suspeita. Dá exatamente 30% do total de excelências que compõem a instituição.
Essa situação permitiu que até hoje defensores de Flávio, confrontados com as acusações contra ele, bradassem que se tratava de "perseguição" contra o filho do presidente, já que a rachadinha seria "prática generalizada", algo que "todo mundo faz" — e "só Flávio está sendo investigado".
Como se viu, ao menos a segunda parte do argumento não corresponde à realidade. O caso Flávio Bolsonaro, por motivos óbvios chama mais a atenção, mas os outros não estão paralisados.
Ao enquadrar o deputado Pacheco no crime de peculato, a denúncia do MP ajudou ainda a trazer à luz o real significado da "rachadinha" -o diminutivo quase carinhoso com que se convencionou chamar essa modalidade de roubo de dinheiro público.
No caso do senador Flávio Bolsonaro, as investigações do MP apontam que Queiroz, acusado de ser o seu operador, usou o dinheiro do contribuinte destinado a pagar funcionários da Assembleia para, entre outras coisas, quitar em dinheiro vivo mensalidades da escola das filhas do senador, planos de saúde e viagens da família.
Mas quem ainda acredita que a rachadinha é desculpável por ser "coisa que todo mundo faz" certamente não se importa em ajudar o senador Flávio Bolsonaro a pagar suas despesas pessoais.
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