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Ala política aposta na permanência de Paulo Guedes
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Paulo Guedes "curvou-se à compreensão de que não adianta manter um dogma liberal e perder a eleição". A afirmação é de um ministro da ala política do governo, segundo quem, o titular da economia não pedirá demissão e nem será demitido.
O auxiliar de Bolsonaro faz parte da tropa que tem municiado o presidente de explicações para defender o rompimento do teto de gastos a fim de viabilizar um Auxílio Brasil de R$ 400.
Os principais argumentos são de que a excepcionalidade da pandemia e suas sequelas sociais justificam a extrapolação fiscal; de que "todos os presidentes engendraram alguma manobra heterodoxa para ganhar a eleição" (citados como exemplos: Fernando Henrique Cardoso, que segurou o câmbio no final do primeiro mandato, e Dilma Rousseff, que baixou à força as tarifas elétricas antes da reeleição); e de que o derretimento da Bolsa e a alta do dólar não passam de um "teste de estresse" perpetrado por forças econômicas e políticas convencidas de que atacar Bolsonaro é a melhor forma de abrir uma terceira via e livrar-se do "perigo Lula" — tese, aliás, defendida hoje pelo ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Guedes, afirmou o ministro, concorda com a tese e com a convicção da ala política de que o governo deve admitir "uma flexibilidade fiscal com limites". O titular da economia, garante ele, permanece, portanto, onde está.
Senão de pé, ao menos, de joelhos.
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