Voto feminino põe Biden à frente de Trump na corrida pela Casa Branca
Graças a uma expressiva preferência entre as mulheres, o candidato democrata Joe Biden se mantém à frente do presidente republicano Donald Trump em pesquisas de intenção de voto divulgadas neste fim de semana. Faltando pouco mais de 30 dias para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, o cenário é cada vez mais preocupante para Trump.
Levantamento nacional realizado em parceria pelo jornal The Washington Post e pela TV ABC News apontam Joe Biden liderando Trump por 53% a 43% entre eleitores registrados. Entre os eleitores prováveis, que indicaram intenção de comparecer às urnas (o voto nos Estados Unidos não é obrigatório), a vantagem é a mesma: 54% contra 44%.
Já a pesquisa feita pelo jornal The New York Times em parceria com o Siena College, que também ouviu eleitores prováveis em todo o país, mostra Biden com oito pontos de frente sobre Trump, 49% a 41%. Em ambas as pesquisas, porém, é a preferência das mulheres pelo candidato democrata que explica o atual estado da corrida pela Casa Branca.
Na pesquisa The Washington Post/ABC News, Biden tem 65% da preferência entre as mulheres, contra apenas 34% de Trump. O atual presidente tem o apoio de 55% dos eleitores homens, enquanto seu desafiante recebe 42% das intenções de voto masculino. Já no levantamento The New York Times/Sienna College, o placar entre as eleitoras é de 53% a 37% a favor de Joe Biden, enquanto mostra empate de 45% a 45% entre os homens.
O ex-vice presidente mostra força particularmente entre as mulheres brancas com educação superior, abarcando 60% das intenções de voto contra apenas 34% de Trump. Em 2016, Hillary Clinton, ela própria uma mulher branca com educação superior, venceu o atual presidente neste segmento do eleitorado por apenas sete pontos de vantagem.
Os números reforçam o favoritismo do candidato democrata para vencer o voto popular. Mas pesquisas nacionais de intenção de voto pouco servem para indicar quem será o próximo presidente, já que a disputa pelo cargo é decidida pelos 538 votos do colégio eleitoral, distribuídos aos vencedores da eleição presidencial em cada estado.
Biden pode muito bem vencer o voto popular e não levar a presidência, assim como aconteceu com a democrata Hillary Clinton em 2016. Uma nova virada de Trump, no entanto, parece muito mais difícil desta vez. Há quatro anos, o atual presidente também aparecia atrás nas pesquisas nacionais de intenção de voto, mas a disputa estava muito mais acirrada.
Clinton aparecia, em media, dois pontos à frente de Trump nas pesquisas realizadas antes do primeiro debate entre ambos. Biden vem se mantendo consistentemente com 7 a 8 pontos de vantagem na média das pesquisas nacionais. O primeiro debate presidencial de 2020 acontece na terça-feira.
Outra aposta do atual governo para alavancar a campanha de Trump à reeleição, a polêmica escolha da juíza Amy Coney Barrett para a Suprema Corte dos Estados Unidos, apenas uma semana após a morte da ministra associada Ruth Bader Ginsburg, parece não ter surtido o efeito esperado pelos republicanos.
A pesquisa The New York Times/Sienna College, que ouviu eleitores prováveis nos dias que antecederam ao anúncio da escolha de Amy Coney Barrett, mostra que 56% preferem que a vaga na Suprema Corte seja preenchida depois da eleição. Entre as mulheres, este número salta para 62%.
Pesquisas estaduais divulgadas neste domingo também trouxeram más notícias para Trump. Segundo levantamento feito em parceria pela NBC News e o Marist College, Joe Biden lidera a corrida presidencial em Michigan, por 52% a 44%, e em Wisconsin, por 54% a 44%. Em 2016, Trump venceu ambos os estados, resultados cruciais para levá-lo à Casa Branca.
Mesmo em estados considerados sólidos redutos republicanos, o atual presidente não tem motivos para comemorar. Pesquisa CBS News/YouGov mostra empate técnico na Geórgia (Trump 47% contra Biden 46%) e na Carolina do Norte (Biden 48%, Trump 46%), resultados significativamente melhores para os democratas comparados ao desempenho de Hillary Clinton em 2016 (derrota por 5 e 4 pontos percentuais, respectivamente).
Com a votação já em andamento em vários estados, pessoalmente ou pelo correio, e o primeiro debate em menos de 48 horas, Donald Trump tem cada vez menos tempo para mudar os rumos desta eleição e se manter na Casa Branca por mais quatro anos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.