Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
A hora e a vez de Augusto Aras, acionado por Bolsonaro
Bolsonaro reagiu depois de o ministro Dias Toffoli ter sumariamente indeferido o seu pedido de abertura de investigação contra o ministro Alexandre de Moraes. Pelo jeito, tinha preparado um "Plano B".
Como tábua de salvação, Bolsonaro agarra-se em Augusto Aras, procurador-geral da República.
Como ensinam os manuais de direito constitucional processual, Augusto Aras, como procurador-geral, é o único legitimado a promover uma ação penal pública contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no caso Alexandre Moraes.
Na visão de Bolsonaro, Aras — seu escolhido para o cargo de procurador-geral da República por duas vezes— é um fiel escudeiro. E tem garantida, no caso de reeleição de Bolsonaro, uma cadeira no STF.
Em síntese, Aras poderá requisitar, dando ciência ao STF, inquérito apuratório contra Moraes.
Poderá, também, dispensar o inquérito, caso entenda ter elementos suficientes, e promover uma ação criminal.
Esse é o desejo de Bolsonaro, que tinha um "Plano B" para o indeferimento por Toffoli, relator sorteado.
Augusto Aras não viverá as situações dramáticas passado por Augusto Matraga, da Sagarana de Guimarães Rosa. Longe disso.
Sabe bem Aras que o STF, excluído Moraes da votação, poderá rejeitar a denúncia.
Bolsonaro, politicamente, vai tirar proveito nas duas situações, ou seja, com o indeferimento da instauração de inquérito e com a rejeição de uma ação criminal.
Só não vai gostar se Aras não requisitar o inquérito e nem propuser uma ação criminal pública incondicionada contra Moraes.
Pano rápido: quem viver, verá.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso