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Putin concorda com 'corredor dos grãos', mas minas marítimas são ameaça
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A bandeira da Ucrânia é azul e amarela. Representa o azul do céu a pairar acima dos campos de cereais, de grãos.
A Ucrânia é o celeiro agrícola da Europa. Também o grande fornecedor de trigo para as Nações Unidas atenderem ao permanente e desumano problema da fome na África.
O capital internacional investe pesadamente nos produtos agrícolas ucranianos: trigo, cevada, centeio, milho.
Como se sabe e, em face da invasão da Ucrânia, EUA e União Europeia baixaram várias sanções econômica à Rússia. Bancos russos, por exemplo, não operam no sistema telemático compensatório da prestadora de serviços Swift. O rublo foi afetado e bloqueios de bens de oligarcas realizados.
Por outro lado e ainda no campo dos bloqueios, as embarcações russas de guerra impedem a entrada e a saída de navios pelo porto ucraniano de Odessa. Em Odessa, e antes da guerra, escoavam as safras agrícolas ucranianos. Ou seja, a economia ucraniana, —no seu setor primário—, está sendo "sufocada".
O risco da fome virou preocupação mundial.
Para que os navios de guerra russos não se aproximassem de Odessa, as forças ucranianas encheram o mar Negro de potentes minas. Se os russos tomarem o porto de Odessa, a Ucrânia, numa projeção geoestratégica, perde definitivamente a guerra.
Imagens mostram a saída de grãos desviados, roubados, por soldados russos. São levados à Crimeia e embarcados, segundo os serviços de inteligência europeia e norte-americana, para território russo.
Diante do risco alimentar aos africanos, a ONU acionou o sinal de alarme e a diplomacia entrou em ação.
O presidente francês Macron e o chanceler alemão Scholtz ligaram ao presidente russo Putin.
A princípio, tudo acertado. A Rússia promete não atacar as embarcações comerciais, formado um corredor marítimo. "Corredor dos Grãos", como está sendo chamado entre diplomatas envolvidos em ações humanitárias.
O problema são as potentes minas explosivas colocadas pelos ucranianos. Elas impedem a chegada dos soldados russos pelo Mar Negro, mas impossibilitam, também, as entradas de navios vazios e as saídas de carregados do porto de Odessa.
Amanhã, 30 de maio, a diplomacia europeia se reúne em Bruxelas para viabilizar o chamado "corredor dos grãos". Ainda mais: para acertar os ponteiros com o presidente turco Erdogan, pois a Turquia controla o estreito de ingresso no mar Negro.
O ministro da Defesa italiano, Lorenzo Guerini, está pronto a oferecer especialistas e uma frota especializada em retirar ou desmontar minas do mar.
Negócios à parte, os russos continuam a bombardear a região de Donbass e a guerra, pelo que se percebe, está longe do fim.
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