Trump dá troco em Putin e fecha acordo com Ucrânia

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Quando do funeral do papa Bergoglio, o presidente Donald Trump admitiu estar sentindo-se enganado por Vladimir Putin. A respeito, contei os bastidores na minha coluna de 29 de abril.
Hoje, num furo jornalístico, a Bloomberg News, de posse de minuta, anunciou um acordo de exploração das terras raras ucranianas. Isso num consórcio entre americanos e ucranianos, com a constituição de um fundo especial.
O acordo foi confirmado pelo primeiro ministro da Ucrânia Shmygal.
Shmygal teria advertido, segundo a Bloomberg News, que não se trata de exploração para restituição dos bilhões de dólares repassados pelos EUA durante a guerra de invasão russa. Ou seja, os lucros serão divididos.
Mais ainda, os EUA não mais se oporiam ao ingresso da Ucrânia na União Europeia. Especula-se quanto ao sinal verde para ingresso da Ucrânia como membro da Otan, logo finde a guerra.
Num outro e coordenado front, o assessor especial de Trump para a Ucrânia, o general Keith Kellogg, em entrevista à Fox, afirmou que as tropas russas estão movendo-se, dada a resistência, com dificuldade, pois, conforme apurado, "progridem metros, e não quilômetros". Kellogg confirmou que o acordo de exploração de terras raras está fechado.
Pelo que se sabe, das quatros províncias objeto de desejo de Putin, apenas duas estão sob controle russo.
Com o acordo firmado, dinheiro, informações de inteligência e apoio militar do parceiro norte-americano voltariam a motivar as tropas ucranianas, enquanto a Europa prepararia novas sanções econômicas contra a Rússia.
O acordo ainda não está formalizado, mas o martelo parece já estar batido, e até Kellogg afirmou que entre hoje e amanha será assinado.
Pelo jeito, não vai demorar para Trump mudar as maneiras de tratamento. Até ontem, Trump tratava o presidente ucraniano como "mister Zelensky" e o russo como Vladimir. Com o acordo, tudo pode mudar.
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