José Sarney não reuniu Temer e Dilma para ameaçar Jair Bolsonaro
Começou a circular pelo WhatsApp na semana passada, poucos dias antes da eleição no último domingo (28), uma mensagem falsa que diz que o ex-presidente José Sarney teria se reunido com outros políticos para ameaçar o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) de morte.
Sarney está furioso e já se reuniu com Temer, Dilma, e a Globo e fizeram uma ameaça contra Bolsonaro, dizendo que, ele ganhará mas não assumirá governo, será igual o que fizeram com o presidente Tancredo Neves”, diz a mensagem.
De acordo com o texto, a ameaça seria o recurso adotado pelo grupo depois que “eles viram que já perderam nas urnas fraudadas”.
O texto cita ainda uma reportagem em que Sarney teria afirmado que o presidente eleito “vence mas não assumirá o cargo".
FALSO: Sarney não ameaçou Bolsonaro
A mensagem é mais uma notícia falsa. Ao UOL Confere, a assessoria do ex-presidente negou que ele tenha qualquer problema com o presidente eleito e qualificou o boato como “delirante”.
“É um fato histórico, aliás largamente documentado, que o presidente Tancredo Neves, ao contrário do que a mensagem diz, não foi assassinado”, rebate assessoria do ex-presidente. “Por outro lado, o presidente Sarney não está furioso e nunca ameaçou ninguém de morte.”
A assessoria também afirma que Sarney não se encontrou com a ex-presidente Dilma “desde que ela deixou Brasília” nem esteve com o presidente Temer “nos últimos meses, a não ser em eventos públicos, como a posse do presidente do Supremo Tribunal Federal [Dias Toffoli, no dia 13/09]”.
Na agenda oficial do Palácio do Planalto não consta nenhuma visita de um ex-presidente ao gabinete de Michel Temer nos últimos meses. A assessoria da Presidência contrariou o boato checado pelo UOL Confere.
Por meio de seus veículos oficiais, a Rede Globo também declarou que a mensagem é falsa.
Ameaças fake
Esta é mais uma das mensagens com supostas ameaças que circularam pelas redes sociais durante as eleições de 2018. O UOL Confere já desmascarou supostas ameaças ao juiz Sergio Moro, reveladas por um pastor, e uma suposta conspiração de Temer com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também contra o juiz da Lava Jato.
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