É falso que candidata a vereadora tenha sido presa por trocar voto por sexo
Uma notícia foi bastante compartilhada nas redes sociais e chegou a portais das regiões Norte e Nordeste na semana passada. O texto afirma que uma candidata a vereadora do município de Presidente Dutra, no Maranhão, localizado a cerca de 350 km da capital São Luís, teria sido presa pela Polícia Civil acusada de oferecer sexo em troca de votos.
A informação é fantasiosa. Segundo a Polícia Civil do Maranhão, não há qualquer registro de prisão de uma candidata do município nessas circunstâncias.
A notícia falsa afirma ainda que a polícia teria encontrado no celular da candidata vídeos que ela utilizaria "como garantia", o que caracterizaria como crime de extorsão, e que "a polícia estima [...] que possam ser mais de 250 pessoas envolvidas nesse 'negócio'".
Tudo inventado, segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil. A história usa até imagem da mencionada candidata presa com um banner que nem mesmo pertence à instituição no estado. É possível ler que é da polícia do Rio Grande do Sul.
A imagem dessa mulher algemada de costas é antiga e já circula pelo menos desde janeiro de 2019, em diferentes postagens.
Na última terça-feira (3), a 13ª Delegacia de Polícia Civil de Presidente Dutra, com participação do Serviço de Inteligência de São Luís, realizou uma ação de combate à disseminação de informações falsas durante a campanha eleitoral no município.
Segundo a polícia, a operação identificou três homens que confirmaram serem os criadores de perfis produtores de conteúdo falso. Os três foram ouvidos e responderão pelos crimes de associação criminosa, crime contra a honra e ameaça.
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