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Como o agro pode ser parte da solução para os desafios climáticos

14/12/2021 14h50

Com apoio de empresas como a Bayer, a agricultura e a América Latina podem ser protagonistas no desenvolvimento sustentável

A América Latina e a agricultura mundial têm um ponto em comum: as duas podem ser protagonistas no enfrentamento dos desafios climáticos do planeta Terra. Ambos já colaboram com esta jornada de alguma forma, mas, nos dois casos, há espaço para aumentar ainda mais o impacto das ações.

Um dos caminhos possíveis é investindo no sequestro de carbono. O Brasil é uma das nações com maior potencial de se beneficiar do mercado de créditos de carbono - segundo o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), os ganhos do país poderão chegar a US$ 72 bilhões até 2030.

Em relação à agricultura, a projeção é que, com a intensificação de práticas já consagradas em algumas regiões brasileiras - como o plantio direto na palha, sem revolver o solo, as culturas de cobertura, que evitam que o solo fique exposto -, seja possível evitar a emissão de 1,1 bilhão de toneladas de carbono na atmosfera, de acordo com estimativas do Plano ABC+.

A Bayer, multinacional de saúde e nutrição, é uma das empresas que têm liderado esses esforços, com base em trabalho colaborativo, ciência e tecnologia de ponta, para construir um ecossistema calcado em inovação e cocriação.

Por meio de uma iniciativa batizada de Carbono Bayer, a empresa tem trabalhado com agricultores e parceiros para estabelecer um modelo economicamente atrativo aos produtores rurais. A ideia é que eles passem a ser recompensados não só pelo que e por quanto produzem, mas pelo modo como produzem. Neste modelo, a sustentabilidade é indispensável e diferentes atores (indústrias, bancos, governo e acadêmicos, entre outros) se conectam e criam soluções que vão além da cadeia agrícola.

O número de participantes tem crescido e o mais recente país a integrar o Carbono Bayer foi a Argentina. Atualmente, são cerca de 5.000 agricultores em 10 países, incluindo Brasil e Estados Unidos, os primeiros a receberem a iniciativa, em 2020.

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Iniciativa Carbono Bayer recompensa produtores que aceitam aumentar a adoção de práticas sustentáveis e que conservam o solo em suas fazendas
Imagem: Divulgação/Bayer

A alta adesão ao projeto reflete o interesse dos agricultores em ser parte da construção de uma agricultura carbono neutro, segundo o diretor de Sustentabilidade da Bayer para a América Latina, Eduardo Bastos:

O produtor rural e a agricultura estão entre os mais afetados pelas mudanças climáticas extremas e pela falta de acesso a recursos. Há um interesse crescente em tornar o agro parte da solução para os desafios que a humanidade enfrenta hoje e vemos um nítido engajamento em iniciativas que permitam ganhos sustentáveis de produtividade. Projetos como o Carbono Bayer materializam nossos compromissos globais de sustentabilidade, que incluem ajudar a reduzir em 30% as emissões de gases de efeito estufa nos nossos principais mercados de atuação e o mesmo percentual no impacto ambiental de nossas soluções de proteção de cultivos até 2030. Sabemos que só conseguiremos alcançar esses objetivos de forma colaborativa com agricultores, empresas, sociedade civil e consumidores."

Além da colaboração, é preciso também transformar as próprias operações. Essa é a visão da Bayer para desenvolver sua estratégia de sustentabilidade global, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. "Os desafios provocados pelas mudanças climáticas, perdas na biodiversidade e crise hídrica impactam significativamente as necessidades humanas por saúde e nutrição. Por isso, investimos em ciência e direcionamos nossos negócios para desenvolver soluções sustentáveis e impactar positivamente a vida das pessoas", diz o líder de Suprimentos para a área de agronegócio da Bayer na América Latina, Alex Merege.

Um projeto inovador da companhia tem impulsionado a adoção de energia fotovoltaica. Recentemente, a Bayer anunciou uma parceria com a Omega Energia que garantirá que o consumo das unidades em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Pernambuco e Rio de Janeiro seja de matriz 100% renovável. Neste sentido, a empresa também iniciou a substituição gradativa das opções tradicionais de transporte (veículos a diesel) por modais mais limpos e modernos, como veículos elétricos, movidos a gás natural veicular e/ou biometano e transporte ferroviário.

A adoção de modais sustentáveis de transporte foi uma decisão de custo zero, o que quebra o paradigma de que modernizar as operações e torná-las mais ecológicas e sustentáveis custa caro e é inviável em uma perspectiva financeira ou de eficiência. Além disso, em função da força da nossa marca, nossos fornecedores estão investindo em alternativas limpas, pois entendem que desenvolver isto junto à Bayer agrega valor também aos seus negócios."

- Alex Merege, líder de suprimentos para a área de agronegócio da Bayer na América Latina.

Para que todas essas iniciativas e esforços sejam bem-sucedidos, uma outra prática é fundamental: a integração de diferentes perspectivas e pontos de vista. Nesse aspecto, o tema de diversidade e inclusão também se mostra crucial.

"Na Bayer, nós trabalhamos diversidade em vários pilares, incluindo iniciativas e ações práticas com foco em grupos minorizados, para aumentar a participação desses colaboradores em todos os níveis de nossa empresa. Para isso, contamos com grupos internos de afinidade como o Blend (LGBTQIAP+), GROW (gênero), BayAfro (raças), Infinite (gerações) e Enable (pessoas com deficiência). Além disso, temos o Programa de Mentoria para Fornecedores de Diversidade, que abre oportunidades para empresas que valorizam diversidade e inclusão", afirma o presidente da divisão agrícola da Bayer para a América Latina, Maurício Rodrigues.

Bayer_Fast Content Agro_Imagem B - Reinaldo Canato/Bayer - Reinaldo Canato/Bayer
Maurício Rodrigues, presidente da divisão agrícola da Bayer para a América Latina, assumiu o posto em junho de 2021
Imagem: Reinaldo Canato/Bayer

Não se trata de algo apenas reputacional, mas também de uma questão estratégica. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que empresas comprometidas com diversidade costumam ter lucros de 5% a 20% maiores que as que não o fazem. Inclusão e Diversidade são pilares estratégicos que impulsionam o jeito Bayer de fazer negócios e abrem caminho para o desenvolvimento de soluções mais inovadoras.

Acreditamos que diversidade e inclusão são questões fundamentais tanto para garantir uma representatividade no quadro de colaboradores, que reflita a composição populacional dos lugares em que atuamos, como para a resolução de problemas por meio da inovação", ressalta Maurício. "Compromissos concretos com diversidade permitirão que nosso negócio se mantenha viável a longo prazo e que busquemos, de forma sustentável, alcançar nossa grande missão de saúde para todos, fome para ninguém".

- Maurício Rodrigues, presidente da divisão agrícola da Bayer para a América Latina.

Este é um conteúdo de autoria da Bayer e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL.