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Pastoral da Terra defende ocupação de fazenda de laranja realizada pelo MST

Daniel Mello <br/> Da Agência Brasil <br/> Em São Paulo

07/10/2009 19h43

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) defendeu, por meio de nota, a ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na fazenda da empresa Cutrale, localizada em Borebi (SP), a 300 quilômetros da capital paulista.

"A ação do MST, por mais radical que possa parecer, escancara aos olhos da nação a realidade brasileira. Enquanto milhares de famílias sem terra continuam acampadas Brasil afora, grandes empresas praticam a grilagem e ainda conseguem a cobertura do poder público", afirmou a CPT. Os manifestantes saíram da fazenda pacificamente na manhã de hoje (7), após a chegada da Polícia Militar.

Para a entidade, a divulgação de imagens em que os sem-terra aparecem destruindo parte da lavoura de laranja faz parte de uma campanha para dar apoio ao pedido de instalação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o MST. A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) está colhendo assinaturas de deputados e senadores para a instalação da comissão.

A Cutrale ainda está fazendo o levantamento do prejuízo causado destruição pela destruição de parte da lavoura e pelo extravio de equipamentos e produtos que se encontravam na propriedade. Segundo o diretor de relações trabalhistas da empresa, Carlos Otero, está sendo priorizada a recolocação das sete famílias que tiveram as casas destruídas durante a invasão.