Chuvas suspendem aulas e geram prejuízos em Salvador; três pessoas já morreram na BA
Atualizada às 17h04
As chuvas que atingem praticamente todas as regiões da Bahia continuam provocando muitos transtornos. A Codesal (Coordenadora da Defesa Civil de Salvador) informou que há 52 famílias (aproximadamente 200 pessoas) desabrigadas e desalojadas em Salvador em consequência das chuvas e fortes ventos. No total, de acordo com a Defesa Civil, há 540 áreas de risco na capital baiana.
Previsão do tempo de quarta-feira avisava que frente fria que atingiu o Rio seguiria para a Bahia
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No vídeo abaixo, meteorologista do Tempo Agora explica as fortes chuvas deste ano; veja:
No início da tarde desta sexta-feira (9), a lateral de um muro de contenção desabou em cima de um ônibus da empresa Praia Grande, provocando ferimentos em quatro passageiros. Blocos de concreto caíram sobre o ônibus e atingiram algumas janelas. A avenida Tancredo Neves, uma das mais movimentadas de Salvador, foi interditada, provocando muita confusão no trânsito.
Já no final desta manhã, parte do teto do colégio estadual Deputado Manoel Novais desabou em consequência das chuvas, de acordo com informações da Secretaria da Educação. No entanto, não houve feridos porque as aulas foram suspensas.
Pelo segundo dia consecutivo, a Prefeitura de Salvador suspendeu as aulas. Nesta quinta (8), as aulas foram suspensas apenas no período da tarde. No entanto, como as chuvas aumentaram de intensidade, a Secretaria da Educação, Cultura, Esporte e Lazer informou que todas as unidades da rede não funcionarão nesta sexta-feira. Em Lauro de Freitas (região metropolitana) as aulas também foram suspensas.
Além dos alagamentos, desabamentos e deslizamentos, as chuvas e os fortes ventos que atingiram Salvador nas últimas horas provocaram interrupções de energia em vários bairros. O número de telefone gratuito para atendimento aos clientes da Coelba (Companhia de Eletricidade da Bahia) entrou em colapso e a empresa alega que o problema foi motivado pela excessiva demanda. Em Salvador, alguns moradores reclamaram nesta quinta-feira que estão sem energia há mais de 40 horas. A Coelba informou que reforçou as suas equipes externas para atender a todos os pedidos.
Pela manhã, as principais ruas e avenidas de Salvador ficaram completamente alagadas. Na avenida Antonio Carlos Magalhães, uma das mais importantes ligações entre o centro e o aeroporto, o volume de água, em alguns trechos, chegou a subir cerca de 40 centímetros. Agentes da Secretaria de Transportes interditaram a pista --apenas os ônibus tinham permissão para trafegar.
Entre o começo da madrugada desta sexta-feira e às 12h, a Codesal recebeu quase 200 solicitações, entre alagamentos, ameaças de desabamentos, deslizamentos de terra, quedas de árvores e postes e desabamentos de muros. Assim como aconteceu na quinta-feira, falta energia em alguns bairros e a Coelba (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia) informou que está dando prioridade aos problemas relacionados com as chuvas. No total, nos últimos dois dias, os técnicos da Codesal receberam mais de 800 solicitações.
Mortes
Pela manhã, no Dique do Tororó, uma das principais áreas turísticas da cidade, um homem morreu eletrocutado por volta das 10h --até as 11h30, sua identidade ainda não havia sido divulgada pela polícia. De acordo com o Centro de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar, um fio de alta tensão, que estava solto na rua, teria provocado a morte. O fio teria se soltado da rede em consequência das chuvas e fortes ventos.
Ontem, no interior do Estado, duas pessoas morreram em consequência das fortes chuvas --uma em Feira de Santana e outra em Prado, cidade localizada no extremo-sul. Em Maragogipe, 12 presos foram transferidos para Santo Amaro porque as águas invadiram as celas. Outra cidade muito castigada pelas chuvas é Juazeiro, uma das maiores da Bahia. Em menos de três dias o índice pluviométrico foi de 139,5 milímetros --a previsão para todo o mês de abril era de 52 milímetros.
Em Ilhéus, os ventos fortes e as chuvas destelharam casas e deixaram alunos de três escolas sem aulas. A situação também é crítica em Prado, onde um trecho da BR-489 se rompeu, impedindo a passagem de carros.
De acordo com a Defesa Civil, há cerca de 850 desabrigados e desalojados em todo o Estado.
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