Imagens de circuito interno podem ajudar a esclarecer morte de pedreiro em Goiás
O Ministério Público e a Corregedoria da Polícia Civil terão acesso às imagens das câmeras do circuito interno da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), em Goiânia, onde o pedreiro Adimar Jesus da Silva, 40, estava preso desde o dia 11 de abril e foi encontrado morto no domingo (18). O objetivo, segundo a titular da Denarc, delegada Renata Cheim, é conseguir informações adicionais para a investigação sobre a morte do assassino confesso de seis jovens em Luziânia (GO).
As imagens ainda não foram cedidas para a imprensa. Mas, de acordo com a delegada, nelas será possível observar que somente o carcereiro plantonista teve acesso à cela onde Adimar estava. Por volta do meio-dia do domingo, o agente foi até à carceragem entregar o almoço dos presos. “Adimar almoçou normalmente. Ele até repetiu, comeu duas marmitas”, esclarece.
Outro agente esteve de plantão na delegacia durante todo o domingo (18). Segundo a polícia, ele só foi à carceragem quando presos da cela ao lado da que o acusado estava desconfiaram do chuveiro ter ficado ligado por mais de 10 minutos. “Quando os agentes chegaram, Adimar já estava morto”, afirma a delegada.
Renata Cheim, que ficou responsável pela custódia do pedreiro em Goiânia, garante que tomou todas as providências para evitar que ele se matasse. Adimar ficou isolado na cela, sem escova de dente, barbeador e até lençol. “Ele estava realmente decidido a cometer suicídio e, pra isso, poderia usar a água do chuveiro ou a própria roupa do corpo”.
Sobre a possibilidade de vigiar o preso 24 horas por dia, o corregedor da Polícia Civil de Goiás, delegado Sidney Costa e Souza, diz ser impossível ter à disposição um agente ou mesmo um psicólogo ou assistente social para evitar o suicídio. Além disso, o comportamento de Adimar era considerado tranquilo.
A Corregedoria solicitou ao Instituto de Criminalística exames periciais mais detalhados tanto no corpo do pedreiro quanto na cela em que ele estava. “A análise das vísceras do pedreiro pode atestar, por exemplo, se ele ingeriu substâncias químicas”, afirma Sidney. O delegado já ouviu quatro dos 11 presos da cela ao lado e também vai colher o depoimento dos dois agentes plantonistas.
O corpo de Adimar continua no Instituto Médico Legal (IML) e não há previsão para ser liberado. Os peritos têm 30 dias para concluir o laudo, indicando a causa da morte. As investigações sobre o assassinato dos jovens de Luziânia continuam. A polícia ainda quer levantar o histórico criminal do pedreiro e saber se ele se envolveu em outros crimes.
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