Policiais civis paralisam atividades na Bahia
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Em meio aos crescentes índices de violência no Estado, os policiais civis da Bahia suspenderam as suas atividades nesta sexta-feira (23) para reivindicar a aprovação da PEC (Projeto de Emenda Constitucional) 300, que prevê reajuste nos salários da categoria, dos policiais militares e dos bombeiros.
De acordo com o sindicato da categoria, apenas os serviços de flagrantes e remoção de corpos de vítimas por morte violenta serão efetuados. O texto-base da PEC 300 foi aprovado no inicio do mês de março em primeiro turno na Câmara dos Deputados, mas a bancada do governo federal tem utilizado muitas manobras para impedir que o projeto seja apreciado pelo Senado.
O secretário do Sindipoc (Sindicato dos Policiais Civis) da Bahia, Bernardino Gayoso, disse que os agentes civis também vão aproveitar a paralisação para cobrar do governo estadual a nomeação de 830 concursados de 97 e preparados pela Acadepol (Academia da Polícia Civil), mas que ainda não foram nomeados pelo governador Jaques Wagner. Gayoso disse, também, que existe um deficit de quase 3.000 policiais civis no Estado. “A lei determina que o Estado deveria ter 6.640 agentes, mas apenas 3.760 estão exercendo as suas atividades.”
Com a paralisação, a polícia civil suspendeu a investigação que apura uma seqüência de “saidinhas bancárias” (em que a abordagem dos assaltantes acontece logo após saque numa agência bancária) na avenida Tancredo Neves, uma das mais movimentadas da capital baiana.
Desde o início do mês foram registrados seis casos --no total, os assaltantes levaram cerca de R$ 40 mil das vítimas. A paralisação dos policiais civis é por 24 horas, mas a categoria promete uma greve por tempo indeterminado se a PEC 300 não for aprovada até o meio do ano.
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