País tem 109 "áreas críticas" de queimadas, diz ministério
O Ministério do Meio Ambiente afirmou nesta terça-feira (31) que o país tem 109 "áreas críticas" em relação a queimadas. Os Estados em situação mais grave são Mato Grosso, com 27% de focos de calor, seguido por Pará (26%), Tocantins (13%), Maranhão (6%) e Rondônia (6%).
Segundo o ministério, os incêndios estão concentrados nas regiões de Cerrado, e mais de 67% do total de focos estão em áreas privadas porque "fazendeiros e índios usam o fogo como manejo e perdem o controle das queimadas provocadas", afirma nota. De acordo com levantamento do órgão, 13% dos focos estão em áreas indígenas, 8% em assentamentos da reforma agrária e 7% em unidades de conservação.
Em entrevista coletiva, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, admitiu que o governo não dispõe de tecnologia suficiente para medir, no momento, o número exato de queimadas no Brasil.
"Não sabemos ainda o total de focos de incêndio. Sabemos que [o número] é bastante expressivo se comparado a 2008 e 2009. Não tivemos o balanço ainda. Também ocorreram queimadas em área urbana e em regiões controladas", afirmou a ministra Izabella Teixeira.
Segundo a ministra, a medição é feita através de fotos de satélite que identificam focos de calor, que não são necessariamente, focos de incêndios e a avaliação se um foco de calor é um de incêndio, só é possível in loco. Apenas no mês de agosto, foram registrados cerca de 260 mil focos de calor em todo o Brasil.
Em 2010, foram investidos R$ 50 milhões no combate e prevenção de queimadas, de acordo com o ministério. Em todo o país, há cerca de 11 mil pessoas trabalhando no combate direto do problema, sendo cerca de 3289 brigadistas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do Instituto Chico Mendes, além dos demais oficiais pertencentes ao Corpo de Bombeiros.
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