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Governador de SP diz que blusa foi colocada em porta do Metrô

Foto enviada por internauta mostra passageiros do metrô andando nos trilhos após confusão - Simary Menezes/ Você Manda
Foto enviada por internauta mostra passageiros do metrô andando nos trilhos após confusão Imagem: Simary Menezes/ Você Manda

Do UOL Notícias<br> Em São Paulo

21/09/2010 13h18

O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), afirmou nesta terça-feira que uma blusa foi colocada na porta do vagão para travar o fechamento. Segundo ele, não há indício de que o incidente tenha sido criminoso. No entanto, o tucano classificou o episódio como estranho e disse que vai mandar a polícia apurar e vai abrir uma sindicância.

Uma composição do metrô parou às 7h51 no trecho entre a estação Pedro 2º e a Sé, na Linha 3-Vermelha, quando o trem seguia sentido Palmeiras/Barra Funda, depois que botão de emergência foi acionado. A assessoria de imprensa da companhia explicou que este tipo de incidente não acontece com frequência, porque há uma orientação para que o botão não seja acionado indevidamente, mas, quando isso acontece, o procedimento padrão é parar o trem. Como os passageiros deixaram os vagões pelas saídas de emergência, a energia elétrica da linha precisou ser desligada e isso provocou o enorme atraso nas operações.

Depois de quase três horas de confusão, as dezoito estações da linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo voltaram a funcionar. Segundo informações do diretor de operações da companhia, Conrado Grava de Souza, que conduz a investigação do ocorrido, uma blusa impediu o fechamento da porta do vagão e usuários acionaram o botão de emergência.

Goldman falou sobre o incidente durante inauguração da estação Tamanduateí da linha 2-Verde.

Você foi afetado pelo problema na Linha Vermelha do Metrô? Presenciou o incidente?

No evento, o diretor de operações do Metrô de São Paulo, Conrado Grava de Souza, afirmou o sistema detectou uma porta aberta e isso paralisou a circulação do trem. Segundo ele, existem gravações que devem ter registrado o incidente. O material está sendo analisado.

A coordenadora da campanha tucana na internet, Soninha Francine (PPS), também aproveitou para associar a paralisação a uma sabotagem. "Metrô de Spaulo tem problemas na proporção direta da proximidade com a eleição. Coincidência? #SABOTAGEM #valetudo #medo", escreveu em seu Twitter.  

Desde o começo de agosto, os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô-SP) apresentaram pelo menos doze problemas que afetaram a circulação de passageiros. Se forem considerados os incidentes registrados apenas de agosto e setembro deste ano, a média de problemas é de um a cada 3,6 dias. Relembre os incidentes recentes.