Condenação de Bruno no Rio pode influenciar júri por homicídio, diz advogado
O advogado Cláudio Dalledone, que defende o goleiro Bruno Souza, afirmou nesta quarta-feira (8) que a condenação do atleta por lesão corporal, cárcere privado e constrangimento ilegal cometidos contra Eliza Samudio no Rio de Janeiro pode influenciar no processo que corre em Minas Gerais, pelo homicídio da ex-amante do atleta.
“Tenho pressa em anular esta sentença para que ela não irradie efeitos negativos para conseguir a liberdade do Bruno”, afirmou o defensor, que representa o atleta desde o afastamento de Ércio Quaresma. O advogado deixou o caso depois de ter admitido um problema com drogas.
Na madrugada desta terça-feira (7), o juiz Marco Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá condenou Bruno a quatro anos e meio de prisão. Luiz Henrique Romão, Macarrão, amigo do goleiro, foi condenado a três anos de prisão por cárcere privado. Se mantida a condenação de Bruno e Macarrão no Rio, eles deixam de ser réus primários no caso da morte de Eliza.
O afastamento de Quaresma deve embasar o pedido de anulação do processo. Para o novo advogado, Bruno estava “indefeso”. “O doutor Quaresma, diante de sua dependência química, não tinha como efetivamente defender de forma adequada”, disse Dalledone, que concedeu entrevista coletiva em um escritório na Barra da Tijuca, no Rio.
Caso não seja concedida a anulação, Dalledone e Patrick Berriel, advogado de Macarrão, pediram a revisão da pena. “A dou [sentença] como juridicamente imprestável, do começo ao fim”, disse Dalledone, que considerou a pena “exagerada”. “A autoridade judicial não andou bem. Tenho muita convicção de que essa sentença será anulada em sua totalidade”, concluiu.
O advogado disse ainda que vai recorrer caso a juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem (MG), mande os réus a júri popular por homicídio. “Ela está acovardada, ela vai remeter todo mundo a júri. Nós vamos recorrer”, afirmou. A decisão deve sair até a sexta-feira (10).
“Eliza, para mim, morta não está”, afirmou o defensor. “Eles não apresentaram nenhuma prova indireta que possa comprovar essa utopia que foi o homicídio de Eliza Samudio”, completou.
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