Após deslizamentos, Nova Friburgo (RJ) está às escuras
A população de Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, teme o desabastecimento após deslizamentos que deixaram ao menos 107 mortos na cidade na madrugada desta quarta-feira (12). A cidade está sem luz e sem comunicação.
A Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil confirma a morte de 107 pessoas, mas o IML (Instituto Médico Legal) afirma ter recebido 87 vítimas até as 20h. A capacidade é de 400 corpos.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel João Paulo Mori, estima que pelo menos 140 pessoas tenham morrido. Ao todo, 250 bombeiros trabalham no resgate de vítimas.
Segundo moradores, a água está acabando e não há meio de comunicação disponível. Em ruas tomadas por lama e muito lixo, eles andam a pé e temem o desabastecimento. Supermercados e o comércio local estão fechados. Postos de gasolina estão lotados, já que o automóvel é o único meio de transporte.
O ex-prefeito da cidade, Paulo Azevedo, de 72 anos, teria ficado soterrado na casa onde ele mora na estrada de Santana, no distrito Campo do Coelho. O local está completamente inacessível. A família do ex-prefeito encontrou a casa soterrada. Sem outra alternativa, caminharam cerca de seis horas até o centro da cidade para pedir ajuda. Não há informações sobre se o resgate teve início.
Tragédia tem mais de 200 mortes
Menos de um ano depois da tragédia que matou mais de 160 pessoas em Niterói e outras 250 no Estado, em abril passado, e um ano após as mais de 50 mortes em Angra dos Reis, o Estado do Rio de Janeiro volta a sofrer com desmoronamentos provocados pela chuva. Os municípios da região serrana atingidos pelos temporais (Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis) já somam mais de 200 mortos nesta quarta-feira (12).
A Defesa Civil de Teresópolis, cidade mais afetada, confirmou a morte de 130 pessoas nos deslizamentos, que atingem principalmente 15 bairros.
Até o momento, foram contabilizados cerca de 234 desabrigados e 428 desalojados, 200 feridos e 200 atendimentos de emergência em Teresópolis. Os desabrigados estão sendo encaminhados ao ginásio de esportes da cidade Pedro Jahara, conhecido como "Pedrão" -- mesmo local que está recebendo as doações.
Pontos críticos provocados pela chuva no Rio de Janeiro
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