Policiais encontram tudo destruído na casa do autor do massacre de escola do Rio
Nielmar de Oliveira
Da Agência Brasil <br> No Rio de Janeiro
07/04/2011 21h15Atualizada em 08/04/2011 08h25
Casa de atirador tem pichações e vidros quebrados
Veja onde Wellington Menezes de Oliveira vivia no Rio de Janeiro
Enquanto policiais da área de homicídios, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, tomavam depoimentos de professores e testemunhas do massacre promovido por Wellington Menezes de Oliveira, na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, uma psicóloga da corporação esteve, agora à noite, na casa do assassino, em Sepetiba, também na zona oeste. Ela foi colher subsídios que levassem a uma melhor compreensão da tragédia e fazer o levantamento do perfil psicológico do assassino.
Vídeo mostra a ação do atirador
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Irmã e ex-colegas descrevem o atirador da escola como estranho, reservado e calado
Na casa do atirador, no entanto, a polícia encontrou um rastro de destruição: computadores e eletrodomésticos queimados, provavelmente com a intenção de dificultar a ação dos policiais. Na casa, não foi encontrado nenhum vestígio de drogas e bebidas alcoólicas, que pudessem definir Wellington como um viciado.
A polícia apurou que a família que criou Wellington frequentava a igreja Testemunha de Jeová e que ele tinha um cachorro e um gato. Os investigadores também descobriram que ele havia pedido demissão do emprego em que trabalhava, em uma fábrica de salsicha, há cerca de sete meses, quando sua mãe morreu.
Os vizinhos o definiram como um sujeito quieto, que não costumava falar com ninguém, se vestia sempre de preto e passava a maior parte do tempo em frente ao computador.
Intriga à Polícia Civil a carta deixada por Wellington, que, além de mostrar indícios de insanidade e tendência fundamentalista, continha frases que poderiam indicar problemas com as mulheres. Ele fala em “pessoas impuras”, que não poderiam tocá-lo a não ser usando luvas. Na carta, ele também se define como um homem puro.
Outro fato intrigante e passível de investigação é o fato de que, entre as 12 crianças que morreram, 11 eram do sexo feminino e apenas uma delas, do sexo masculino.
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Neste momento, na Delegacia da Barra da Tijuca, a polícia está tomando o depoimento de um primo de Wellington.