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Com orientação dos bombeiros pelo telefone, mulher dá à luz em casa em Goiás

Lourdes Souza<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Goiânia

20/04/2011 19h20

Uma mulher de 36 anos deu à luz dentro de casa com orientações dos bombeiros pelo telefone, em Aparecida de Goiânia (GO). Adriana Martins Barbosa começou a sentir contrações por volta das 19h de terça-feira (19), em sua residência, no bairro Buriti Sereno, e entrou em trabalho de parto logo em seguida.

O Corpo de Bombeiros foi acionado pelo soldado da Polícia Militar, Milton Vicente da Silva, vizinho da grávida, que estava no local no momento da ocorrência, fazendo uma visita para a família. Ele solicitou ajuda para a realização do parto, que foi considerado de risco. Outras duas mulheres que também estavam na residência ajudaram no processo.

O bebê estava sentado e os pés podiam ser vistos logo no início do procedimento. O médico dos bombeiros, Orcenir Itacarambí, diz que se tratava de um parto pélvico –onde o bebê nasce primeiro pelos pés e não pela cabeça, como normalmente acontece. Segundo ele, a cabeça ficou presa e o cordão umbilical estava enrolado no pescoço do bebê.

Uma UTI Móvel foi encaminhada para o local assim que o atendimento se iniciou pelo telefone. Quando foi retirado do útero, o bebê estava desacordado e não respirava. O cabo Fernando de Lima Duarte, responsável pelo atendimento telefônico, orientou que fosse realizada massagem no peito e respiração boca a boca para desobstruir as vias aéreas. O procedimento foi bem-sucedido e o bebê foi reanimado.

Por volta das 20h, a mãe e o bebê –uma menina– foram levados para a maternidade Marlene Teixeira, onde o pai da criança, Alexcsandro Mariano Barbosa, 35, já aguardava as duas.

Em entrevista ao UOL Notícias, por telefone, Barbosa disse que tinha voltado ao hospital para buscar documentos que o casal havia esquecido durante uma consulta no período da tarde do mesmo dia. A grávida seria encaminhada ontem mesmo para uma cesárea.

O pai relata que, apesar das complicações do parto, a criança não sofreu sequelas e passa bem. A data de alta não foi informada. Na tarde de hoje, os oficiais do Corpo de Bombeiros que ajudaram no parto foram ao hospital conhecer a recém-nascida.