Estudante que teria fugido da cadeia para cuidar da mãe se entrega depois da morte dela
O caso do estudante A.L.S., 22, que estava foragido desde junho de 2010 e se entregou à polícia de Limeira (151 km de São Paulo) no último sábado (23), chamou a atenção das autoridades no interior paulista. Ele afirmou à polícia que fugiu do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Valparaíso, em 12 de junho, para cuidar da mãe, que estava doente e teve o estado de saúde agravado. No entanto, com a morte dela em novembro do ano passado, A.L.S. se entregou a polícia, afirmando estar arrependido.
De acordo com o delegado Willian Ricardo Marchi, que estava de plantão no fim de semana, o estudante chegou às 7h45 na unidade policial e contou sua história. “Não confirmamos se era verdade ou não que a mãe dele tinha morrido, mas puxei a ficha dele e confirmou que ele era foragido”, disse o delegado. Segundo ele, A.L.S. cumpria pena por tráfico no regime semiaberto. Ele fugiu do local saltando o muro.
“Eu já vi outros casos como esse. Sendo foragido não dá para tirar documento ou trabalhar. Pela nossa experiência, essas pessoas se entregam porque na prisão tem amigos e não precisa trabalhar”, avaliou o delegado.
O foragido foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Piracicaba e de lá deve ser novamente encaminhado para Valparaíso.
A pena de A.L.S. a partir de agora vai depender da decisão da Justiça. Segundo o delegado, há juízes que podem relevar a fuga pelo fato de o foragido ter se entregado e estar disposto a continuar a cumprir a pena. “Quando o preso se entrega, o juiz pode entender e relevar”, finalizou Marchi.
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