Suposto pai de criança abandonada realiza exame de DNA na Praia Grande (SP)

O vigia de 58 anos apontado como o pai de uma criança recém-nascida que foi abandonada em uma caçamba de lixo em Praia Grande (SP) fez a coleta do material genético para o teste de DNA nesta terça-feira (26). A informação foi confirmada pela conselheira tutelar Michele Quintas, que acompanha o caso.

Em depoimento à polícia na noite da última segunda-feira (25), o vigia afirmou que não sabia que a mulher estava grávida. Ele disse ainda que ficou surpreso com o abandono da criança, mas evitou condenar a mãe –-atribuiu o abandono a uma depressão passageira e disse que vai dar o apoio necessário à mãe da menina. O suposto pai disse que ficou sabendo do caso por meio dos vídeos divulgados na imprensa.

O vigia também esclareceu que conheceu a mãe da criança há cerca dois anos e teve um relacionamento casual com ela. Já a mãe da criança, a auxiliar geral R.S.L., 39, também se submeteu aos exames de DNA.

Criança internada

A criança permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Irmã Dulce. Por enquanto, segue incerto seu estado de saúde.

De acordo com o Conselho Tutelar de Praia Grande, apenas a tia materna procurou a instituição para obter a guarda da criança. A prioridade será dos familiares, mas ela poderá seguir para a adoção se não houver qualquer possibilidade de permanecer junto à família biológica.

Outros abandonos

A polícia investiga mais três acusações de abandono que teriam sido praticadas pela auxiliar geral R.S.L.. Uma enfermeira do programa saúde da família declarou que a mulher deu à luz a um casal de gêmeos no início do ano passado.

Logo após a sua prisão, a mulher prestou depoimento à polícia e disse que é mãe de outros seis filhos, sendo que três deles são menores de idade. A tutela dessas crianças pertence a uma sobrinha, que mora em São Paulo.

Outra acusação diz respeito a uma filha de 15 anos. A denúncia partiu de uma ex-empregadora que concedeu depoimento à polícia no sábado. Ela afirmou que R.S.L. prestou serviços em sua casa como empregada doméstica há mais de uma década. No depoimento, a ex-patroa apontou que a mulher escondeu a gravidez durante os nove meses de gestação. Agora, a polícia vai investigar se essa menina também foi abandonada pela mãe.