Dinheiro desviado em corrupção poderia agilizar obras, afirma Prefeitura de Taboão da Serra (SP)
O dinheiro que foi supostamente desviado em um esquema de fraude dentro da Prefeitura de Taboão da Serra (Grande SP) poderia ter sido aplicado em cerca de 30 obras ou na pavimentação de aproximadamente 20 ruas atualmente esburacadas na cidade, segundo estimativa do governo municipal. Oito pessoas já foram presas --entre as quais três vereadores, funcionários e ex-funcionários municipais comissionados e efetivos-- suspeitas de participar do esquema.
Vereadores suspeitos de fraude em Taboão da Serra são presos
De acordo com a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo), a operação deflagrada pela Polícia Civil é resultado de uma investigação iniciada em 2005, após auditoria contratada pelo Executivo municipal. Os presos são suspeitos de efetuar alterações de débitos com a prefeitura de modo a beneficiar pessoas físicas e jurídicas de Taboão. Segundo relatório da polícia, “por ora foram detectados prejuízos ao erário público desse município” apenas quanto à arrecadação de IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano).
Em entrevista ao UOL Notícias, o secretário de Comunicação do município, Mário de Freitas, disse inicialmente que o valor desviado “fica parado, a fundo perdido”. Em seguida, estimou: “Mas daria sim para construir uma creche, para comprar material escolar ou mesmo para ser usada em contrapartida municipal em várias obras que estão em ritmo lento e demandam verba federal”, disse. “A canalização de córregos, por exemplo, tem R$ 140 milhões do PAC 2 da União para evitar enchentes no próximo verão e demanda 20% dos cofres municipais. Ou então, o valor desviado poderia recapear pelo menos 20 ruas esburacadas”, completou.
Conforme o secretário, Taboão da Serra tem um orçamento de aproximadamente R$ 536 milhões para este ano. Ele admitiu a possibilidade de atrasos ainda maiores em função de eventuais desvios.
Freitas salientou que a investigação sobre eventuais casos de corrupção na arrecadação da dívida ativa do município havia sido determinada pelo prefeito Evilásio Cavalcanti de Farias (PSB) em 2005 --ele cumpre seu segundo mandato--, de forma que um funcionário foi demitido e a informação, levada à polícia.
“Para nós essa investigação não é novidade. E quando a polícia coloca que toda a administração está sob investigação, esperamos que seja feito um trabalho sério, não político, tanto que hoje o prefeito colocou à disposição do Ministério Público e da Polícia Civil seus sigilos bancário e telefônico, do vice e dos secretários municipais”, finalizou o secretário.
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