Sergipana agraciada por milagre de irmã Dulce desconhecia freira antes da ocasião
Funcionária da biblioteca municipal da cidade de Malhador, localizada a 52 km de Aracaju (SE), Cláudia Cristiane dos Santos Araújo, 42, teve sua rotina de vida alterada após a Igreja Católica atribuí-la como agraciada por um milagre de irmã Dulce. Antes do fato, a sergipana não conhecia a religiosa.
O milagre atribuído à freira aconteceu há dez anos, em 12 de janeiro de 2001, após o parto do filho mais novo da mulher, de nome Gabriel. A miraculosa (nome dado a pessoa que recebeu um milagre) ficou entre a vida e a morte devido a uma hemorragia pós-parto que durou cerca de 28 horas. Os médicos já estavam desenganados quanto a vida da sergipana.
“Me lembro de pouca coisa. Sei apenas que fiquei muito inchada, meus rins pararam. Quando me recuperei, minha família contou que o médico já estava esperando apenas assinar o atestado de óbito”, contou Cláudia.
Segundo a sergipana, foi o padre Almir – amigo da família e devoto de irmã Dulce – que foi até a maternidade localizada na cidade de Itabaiana (SE), vizinha a Malhador, e entregou uma imagem da freira. Mesmo sem poder falar, a sergipana ouviu do pároco que olhasse e pedisse com fé pela sua recuperação. “Eu me lembro que padre Almir entregou em minhas mãos a santinha, mas não recordo o que ele me falou”, revelou.
Cláudia revelou à reportagem do UOL Notícias que não tinha noção das investigações da comissão eclesiástica do Vaticano que passou sete anos ouvindo os personagens, as testemunhas e todas as pessoas envolvidas na história.
“Fiquei tranquila em casa. Eu nem sabia o que estava acontecendo... não sabia que era uma coisa tão sigilosa, sei que fizeram muitas perguntas”, disse ela.
Antes do milagre, Cláudia não conhecia a vida da freira, porém hoje se tornou uma devota. A intenção dela é participar da missa na qual irmã Dulce será oficialmente beatificada pela Igreja Católica, que acontece neste domingo (22) em Salvador (BA). “Eu me emociono quando vejo as pessoas que cuidaram de mim”, disse Cláudia com os olhos cheios de lágrimas.
Médico
A situação era grave que o obstetra Antônio Cardoso já tinha avisado a família que apenas uma ajuda divina salvaria a vida da funcionária pública. “O que tinha que ser feito na época em termos médicos foi feito”.
Cardoso lembra que após realizar a terceira e última cirurgia se viu desenganado quanto a vida de Cláudia. Ele conta que após as 28 horas de tentativa para salvar a sergipana resolveu descansar em sua sala quando foi surpreendido pela enfermeira. “Ela entrou e disse que estava procurando o filho da paciente. Eu tomei um susto e a enfermeira me respondeu dizendo que ela estava pedindo para ver o filho”, recorda o médico.
Católico não praticante, o obstetra diz acreditar que uma “força maior” curou Cláudia. “A gente não pode, simplesmente, dizer que foi apenas a medicina”, concluiu.
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