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Jovem baleado no olho durante massacre em Realengo recebe alta; menina de 13 anos continua internada

Hanrrikson de Andrade

Especial para o UOL Notícias <br> No Rio de Janeiro

24/05/2011 21h22

A Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira (24) que o estudante Luan Vitor Pereira, 13, vítima do massacre em Realengo, recebeu alta do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). O jovem foi baleado no olho direito e se recupera de uma cirurgia no local atingido. Dos 12 alunos do colégio Tasso da Silveira que foram alvejados e conseguiram sobreviver, apenas Thayane Monteiro, 13, segue hospitalizada.

Há quinze dias, Luan foi operado para correção de fratura do tecido subcutâneo da órbita ocular direita (uma fina placa óssea localizada abaixo do globo ocular). O jovem já está em casa com a família.

Por outro lado, Thayane permanece em situação estável, mas sem previsão de alta. Há cerca de duas semanas, ela foi transferida para um leito na enfermaria do hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após longo período no CTI pediátrico. A estudante apresenta quadro clínico estável e se recupera normalmente, segundo o último boletim da Secretaria de Saúde e Defesa Civil.
 

No fim de abril, a jovem passou por mais uma intervenção cirúrgica para revisão de cavidade abdominal e recolocação de dreno. Thayane, que foi baleada no abdômen e teve fratura exposta no braço esquerdo, já tinha sido operada duas vezes: para conter uma hemorragia na região do estômago e para retirar o projétil da coluna.

 

Entenda o caso

No último dia 7 de abril, por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já em uma sala de aula, o jovem de 23 anos sacou uma arma e começou a atirar contra os estudantes.

Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas meninas. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orientava como queria ser enterrado, e deixou sua casa para uma associação de proteção de animais.

O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. O atirador portava duas armas e um cinturão com muita munição.

Doze estudantes morreram -dez meninas e dois meninos- e outros 12 ficaram feridos no ataque.