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Professores e policiais em greve tumultuam trânsito no centro de Belo Horizonte

Policiais civis, professores e servidores de escolas estaduais fazem manifestação em Belo Horizonte - Toninho Almada/Hoje em Dia/AE
Policiais civis, professores e servidores de escolas estaduais fazem manifestação em Belo Horizonte Imagem: Toninho Almada/Hoje em Dia/AE

Rayder Bragon<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Belo Horizonte

08/06/2011 19h47

Milhares de policiais civis, professores e servidores de escolas estaduais fazem manifestação nesta quarta-feira (8) na Praça 7, área central de Belo Horizonte, e paralisaram o trânsito  da capital mineira. Parte da classe de policiais civis está em greve desde o mês passado e a categoria dos professores estaduais decidiu cruzar os braços nesta quarta-feira (8).

Segundo o sindicato dos professores, 50% do efetivo do corpo docente não compareceu ao local de trabalho. Eles exigem melhoria salarial e o pagamento de piso no valor de R$ 1.597,87 para os professores com carga horária de 24 horas semanais. De acordo o governo estadual, o piso pago é de R$ 1.122 para profissionais enquadrados nessa situação.

Já o sindicato dos policiais civis informa que a corporação não concordou com reajuste escalonado, proposto pelo governador tucano Antonio Anastasia às forças de segurança do Estado. A proposta prevê reajuste de 10% para os policiais, em outubro deste ano, mais 12% em outubro de 2012 e outro acréscimo de 10% em um ano.

O governo ainda prometeu mais 15% em julho de 2014, finalizando com outros 12% em dezembro e mais 15% em abril de 2015. Os reajustes valem para os policiais militares e para o Corpo de Bombeiros.

Polícia Militar e bombeiros aceitam proposta

De acordo com o major Márcio de Ronaldo de Assis, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, assembleia realizada na tarde de hoje referendou um consenso entre as entidades representativas da classe, que aceitaram a proposta do governo estadual.

No entanto, ele disse reconhecer que uma minoria de “dissidentes” não concordou com a decisão final. “A maioria acatou o que o governo propôs e colocamos um ponto final na nossa campanha salarial. Alcançamos o nosso objetivo e vamos começar a divulgar isso para o restante da tropa. Um grupo de dissidentes radicalizou, mas deverá cair aceitar após começarem a sentir no bolso as melhorias”, afirmou.

Segundo o oficial, os vencimentos de um soldado, por exemplo, vão dobrar em 4 anos.

“Ao longo de 4 anos, um soldado, que hoje ganha R$ 2.041, passará a perceber R$ 4.098. Haverá um ganho real para toda a categoria”, disse o major, referindo-se ao efeito cascata nos salários das outras patentes da corporação.