Foi uma "edição covarde e tendenciosa", diz advogado de Macarrão sobre entrevista ao "Fantástico"
O advogado Wasley César de Vasconcelos, defensor de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, criticou com veemência a edição feita na entrevista dada pelo cliente e veiculada neste domingo (31) no programa “Fantástico” da Rede Globo. Vasconcelos classificou de “imoral” e "tendenciosa” as partes que foram exibidas de uma entrevista que, segundo ele, teve duração de duas horas.
“Totalmente imoral e tendenciosa. (Foi) uma covardia que fizeram com ele, na verdade”, disse o advogado, que afirmou ter sido “voto vencido” na ocasião em que a entrevista foi acordada entre a emissora e os demais advogados de defesa de Macarrão. Atualmente, somente Vasconcelos atua como advogado de Luiz Henrique.
Ele disse ter feito um requerimento ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) solicitando que a íntegra do material seja anexada ao processo. “Eles cortaram várias respostas dele e deram a conotação que quiseram à entrevista. Mas a minha revolta maior é quanto ao final da entrevista, na qual o Macarrão afirma que ama o Bruno”, disparou Vasconcelos.
O advogado fez questão de ditar à reportagem do UOL Notícias o que, de acordo com ele, foi falado por Macarrão. “Eu amo o Bruno, não sou viado e jamais seria capaz de matar alguém a pedido de quem quer que seja”, salientou.
De acordo com ele, da forma que foi levada ao ar, esse trecho poderia revelar uma faceta do caráter de Macarrão que não corresponde à realidade. “Deram uma conotação homossexual para a fala dele, (dando a entender) que ele seria capaz de fazer qualquer coisa por esse amor. Com essa edição, o Ministério Público vai pegar esse trecho para arrebentar”, explicou Vasconcelos, para quem a anexação do material bruto ao processo serviria como um contraponto a uma possível “manobra” do MP. No entanto, o advogado afirmou que, por enquanto, não pretende processar a emissora.
Outro lado
Procurada pelo UOL Notícias, a Central Globo de Comunicação respondeu que "seria impossível reproduzir toda a entrevista, porque não haveria espaço para tanto, mas a reportagem foi fiel às declarações do Macarrão".
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