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Vítimas do massacre de Realengo estão desassistidas, diz deputado

Luana Lourenço

Da Agência Brasil <br> Em Brasília

03/08/2011 18h25

Quase quatro meses depois do ataque de um atirador em uma escola de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, os sobreviventes e as famílias das vítimas estão desassistidos. A avaliação é do presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Bullying e outras Formas de Violência, deputado Roberto de Lucena (PV-SP), que visitou a Escola Tasso da Silveira em julho.

No dia 7 de abril, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou na escola, sacou uma arma e disparou contra os estudantes. Morreram 12 alunos morreram e 12 ficaram feridos.

“Depois que o assunto saiu da mídia, as crianças foram esquecidas pelas autoridades. A prefeitura está reformando a escola. Mas muito mais importante que o prédio são as crianças. Tão terrível quanto o episódio de violência é o abandono em que o Estado deixou essas crianças e suas famílias”, disse hoje (3) ao apresentar um balanço das atividades do grupo parlamentar.

Segundo Lucena, algumas das crianças feridas durante o ataque precisam de procedimentos médicos urgentes. “Há um menino que pode ter o braço amputado por falta de um procedimento cirúrgico que está marcado só para outubro”, citou.

O deputado apresentou uma lista de reivindicações feitas pela Associação dos Familiares e Amigos dos Anjos de Realengo, criada pelos parentes das vítimas. O grupo pediu o reforço da segurança na escola e a garantia de acompanhamento psicológico contínuo para as famílias e para os estudantes que frequentam a Escola Tasso da Silveira.

Os parlamentares querem apresentar as demandas das famílias de Realengo e outras propostas de políticas de segurança nas escolas e combate ao bullying aos ministérios da Justiça e da Educação e à Secretaria de Direitos Humanos. Segundo Lucena, o grupo também deve se mobilizar para levar à pauta, neste semestre, alguns dos projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que tratam do enfrentamento ao bullying.