Vítimas do massacre de Realengo estão desassistidas, diz deputado
Quase quatro meses depois do ataque de um atirador em uma escola de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, os sobreviventes e as famílias das vítimas estão desassistidos. A avaliação é do presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Bullying e outras Formas de Violência, deputado Roberto de Lucena (PV-SP), que visitou a Escola Tasso da Silveira em julho.
No dia 7 de abril, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, entrou na escola, sacou uma arma e disparou contra os estudantes. Morreram 12 alunos morreram e 12 ficaram feridos.
“Depois que o assunto saiu da mídia, as crianças foram esquecidas pelas autoridades. A prefeitura está reformando a escola. Mas muito mais importante que o prédio são as crianças. Tão terrível quanto o episódio de violência é o abandono em que o Estado deixou essas crianças e suas famílias”, disse hoje (3) ao apresentar um balanço das atividades do grupo parlamentar.
Segundo Lucena, algumas das crianças feridas durante o ataque precisam de procedimentos médicos urgentes. “Há um menino que pode ter o braço amputado por falta de um procedimento cirúrgico que está marcado só para outubro”, citou.
O deputado apresentou uma lista de reivindicações feitas pela Associação dos Familiares e Amigos dos Anjos de Realengo, criada pelos parentes das vítimas. O grupo pediu o reforço da segurança na escola e a garantia de acompanhamento psicológico contínuo para as famílias e para os estudantes que frequentam a Escola Tasso da Silveira.
Os parlamentares querem apresentar as demandas das famílias de Realengo e outras propostas de políticas de segurança nas escolas e combate ao bullying aos ministérios da Justiça e da Educação e à Secretaria de Direitos Humanos. Segundo Lucena, o grupo também deve se mobilizar para levar à pauta, neste semestre, alguns dos projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que tratam do enfrentamento ao bullying.
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