Comissão da Câmara vai cobrar do governo do Rio auxílio a vítimas de Realengo
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias vai sistematizar as demandas apresentadas pelas famílias das vítimas da chacina na escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, para cobrar do Estado e da Prefeitura do Rio de Janeiro ações de auxílio às vítimas. A tragédia, ocorrida no início de abril deste ano, foi causada por um ex-estudante que matou 12 alunos, feriu 11 e suicidou-se.
Em audiência pública encerrada há pouco, os deputados que integram o colegiado ouviram relatos de familiares de quatro crianças baleadas que acusaram o poder público de omissão na prestação de atendimento em diversas áreas, como saúde, educação e moradia.
“Meu filho foi baleado, está sem os movimentos da mão direita, sofreu bullying depois da tragédia, não consegue voltar às aulas por insegurança psicológica e ainda recebi uma ligação com ameaça de reprovação por faltas”, declarou Carla Daniele Alves Ferreira, mãe do menino Carlos Matheus, que aguarda cirurgia para tentar recuperar parte dos movimentos do braço.
Andréia Machado Monteiro, cuja filha Thayane Tavares perdeu os movimentos das pernas, revelou a dificuldade de retomar a normalidade profissional tendo que cuidar integralmente da filha, que está com sintomas de depressão, além de ainda não ter conseguido fazer uma série de exames para iniciar o processo de fisioterapia.
“Alguém precisa ser punido, porque ela estava em um colégio público. Thayane também precisa de acompanhamento do colégio em casa, não apenas para receber as apostilas, mas da presença do professor”, cobrou Andréia.
A autora do requerimento para a realização da audiência, deputada Liliam Sá (PR-RJ), acusou a prefeitura do Rio e o governo estadual de não cumprirem com as promessas de auxílio feitas depois da chacina. Ela anunciou a disposição de cobrar das secretarias municipais de Educação e de Saúde soluções para os problemas listados na audiência.
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