Empresa identifica bueiro com alto risco de explosão no centro do Rio
Um bueiro que oferece alto risco de explosão foi identificado nesta sexta-feira (12), na esquina da rua da Carioca com a Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro, no primeiro dia de monitoramento da empresa Concremat.
A empresa foi contratada pelo governo municipal com o objetivo de inspecionar todos os pontos de risco das zonas sul e central da capital fluminense nos próximos seis meses. O local foi isolado para manutenção.
De acordo com a Secretaria Municipal de Conservação, a equipe técnica responsável pela inspeção descobriu através de um explosímetro (aparelho de detecção) a presença de gás na galeria subterrânea da Praça Tiradentes - isto é, a chance de explosão caso alguma centelha seja acesa nas proximidades do bueiro é de 100%.
O secretário Carlos Roberto Osório acompanhou pessoalmente o primeiro dia de trabalho dos profissionais da Concremat.
A empresa terceirizada seguiu o protocolo estabelecido pelo governo municipal e enviou notificações ao Centro de Operações da prefeitura, às agências reguladoras, ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), às concessionárias Light (fornecimento de energia) e CEG (distribuição de gás) e ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
A Concremat é responsável por vistoriar cerca de dez mil bueiros por mês até dezembro deste ano.
Os serviços prestados pela companhia contratada em caráter emergencial -- isto é, sem processo de licitação -- vão custar mais de R$ 4 milhões aos cofres do governo municipal.
Durante o período de monitoramento, 12 equipes trabalharão nos períodos diurno e noturno.
A empresa terá que fiscalizar diariamente cerca de 500 caixas de inspeção (CI) e 50 câmaras transformadoras (CT) com aparelhos de leitura direta para verificar a presença de gases inflamáveis e explosivos nos bueiros.
Além disso, as equipes técnicas vão realizar varredura com apoio de um termovisor para verificar a existência de temperaturas acima do recomendado nas instalações elétricas.
Todo o trabalho de monitoramento das galerias subterrâneas de distribuição de energia da cidade contará com a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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