Família de jovem morto por Land Rover contesta laudo do IC e diz que motorista estava a 90 Km/h
Uma perícia contratada pela família do administrador Vítor Gurman, 24, contestou a velocidade do Land Rover que matou o jovem no último dia 23 de julho na rua Natingui, na vila Madalena (zona oeste).
Em reportagem veiculada na noite deste domingo (9) no programa Fantástico, da Rede Globo, o advogado da família de Gurman, Alexandre Venturini, afirmou que o perito Ricardo Molina fez análise de outras imagens que não apenas as usadas pelo Instituto de Criminalística --o qual apontou que a motorista do Land Rover que atropelou e matou o jovem estava a cerca de 57 Km/h.
Imagens mostram Land Rover; veja vídeo
A velocidade permitida na via é de 30 km/h. Segundo a perícia de Molina, um ponto localizado a cerca de 45 metros da esquina onde ocorreu o acidente revela que o Land Rover estaria a cerca de 90 km/h. No ponto citado pelo IC, conforme a perícia contratada pela família, o veículo estaria a "no mínimo" 72 Km/h.
Condutora do Land Rover, a nutricionista Gabriella Guerrero Pereira, 28, foi indiciada pela polícia por homicídio doloso (ou seja, em que se assume o risco de de matar). Segundo a polícia, além de se recusar a fazer o teste do bafômetro --laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou embriaguez --, ela também estava em velocidade acima do permitido na rua Natingui, local do acidente.
Em entrevista ao programa, o pai da vítima, Jairo Burman, desabafou: “Eu quero justiça. É a única coisa que eu posso pedir pelo meu filho”.
Burman se emocionou ao rever em um vídeo imagens do filho na formatura. O rapaz havia feito homenagem a um amigo que morrera justamente em um acidente de trânsito.
A defesa dos acusados disse que também vai contratar peritos especializados que descartem a tese de que a velocidade no momento do acidente não era excessiva.
Carta de desculpas
Em depoimento realizado no dia 5 de agosto, no 14º DP (Pinheiros), a nutricionista afirmou à polícia que enviou uma carta de desculpas à família de Vitor Gurman.
Segundo o delegado titular Ricardo Cestari, o depoimento durou cerca de uma hora. Gabriella chorou e deu mais detalhes do que teria acontecido no momento do atropelamento.
Segundo a nutricionista, o acidente aconteceu porque ela foi ajudar seu namorado, o engenheiro Roberto de Souza Lima, dono do carro. Ainda de acordo com o depoimento, Roberto estava bêbado e sentado ao seu lado quando tombou para frente. Na tentativa de ajudá-lo, ela teria perdido o controle do carro e atropelado Gurman.
A nutricionista disse ainda não lembrar se estava ou não dirigindo em alta velocidade. Gabriella afirmou que das 23h30 até o horário do acidente (por volta das 4h), ela teria ingerido apenas uma Margarita (bebida mexicana à base de tequila).
O advogado da nutricionista, José Luís de Oliveira, porém, sempre negou que sua cliente estivesse em alta velocidade.
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