Universitária brasileira morta em Portugal não foi assassinada, diz autópsia
O mistério que envolve a morte de Thaís Gonçalves, 22, morta no último domingo (13) em um hospital de Braga, em Portugal, só será desfeito daqui a um mês. A autópsia, realizada na tarde desta quinta-feira (17), descartou a hipótese de homicídio. Mantem-se como causa provável a morte natural ou o suicídio.
Segundo informações divulgada pela comunicação social portuguesa, os exames preliminares ao corpo da estudante resultaram inconclusivos, havendo apenas a certeza de que não se tratou de um homicídio.
As autoridades admitem como possível que uma reação a medicamentos possa ter sido a causa. A jovem pode ter ingerido algum medicamento que, conjugado com a medicação administrada pelo hospital, tenha provocado uma reação que culminou na morte.
Apenas exames complementares (toxicológicos) poderão determinar com exatidão as razões da morte de Taís, uma vez que são necessários vários exames em diferentes órgãos do corpo.
Segundo Eduardo Celino, primo de Taís, caso não fique convencida do que causou a morte da estudante, a família pretende pedir a revisão do procedimento e da documentação no Brasil.
“Caso não nos satisfaça, a gente vai pedir alguma coisa adicional. O que a gente pode fazer é pedir uma revisão da documentação, referente à autópsia feita em Portugal, para averiguar a possibilidade de algum exame ser refeito ou ser adicionado”, disse em referência ao fato de considerar remota a chance de uma segunda autópsia ser feita no Brasil. O velório da estudante será no domingo, em Ouro Fino (MG).
Chegada ao Brasil
O corpo Thaís vai chegar ao Brasil neste sábado (19), às 19h10, no aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A informação foi confirmada pelo primo da estudante, que está em Portugal acompanhando a mãe dela. Os dois também retornam ao território nacional no mesmo voo.
Segundo Celino, ele e a mãe pretendem se reunir ainda hoje com colegas de Thaís, que fazia intercâmbio na universidade do Minho, em Braga. A intenção é tentar esclarecer o estado em que a estudante se encontrava antes de sua morte.
De acordo com ele, a mãe teve acesso ao quarto ocupado pela filha, mas deu falta do aparelho celular. “Nós não sabemos se esse aparelho está com as autoridades portuguesas ou se está com algum colega dela”, disse.
O velório da estudante, que cursava relações internacionais na Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Franca (400 km de São Paulo), será no domingo, em Ouro Fino, cidade do sul de Minas Gerais, onde reside a família dela.
A Unesp foi a responsável por intermediar o intercâmbio de Thaís no país europeu. Segundo a assessoria da instituição de ensino, as despesas da viagem da mãe da universitária para Portugal foram custeadas pela universidade brasileira. Em nota, a assessoria informa que “está concedendo apoio integral à família”.
O caso
Segundo familiares, a jovem foi internada no sábado, mas o motivo é desconhecido. “Disseram apenas a uma prima minha que ela estava muito agitada, mas que o estado de saúde dela era bom. Essa prima ligou mais tarde para o hospital e foi informada que ela estava bem e teria alta no outro dia”, disse Maria Aparecida Gonçalves Pereira, prima de Thaís que mora em Minas Gerais.
Ainda segundo Maria Aparecida, a família foi surpreendida no domingo com a notícia da morte da universitária em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. “Para a família foi um baque. Ninguém se conforma porque ela era muito saudável. É um mistério para nós, já que fomos informados que ela estava bem e, de uma hora para outra, ela morre. Nós exigimos uma explicação sobre o que aconteceu”.
A prima afirma ainda que Thaís não tinha histórico de alergia a medicamentos nem era depressiva – problema que chegou a ser atribuído à jovem mineira, com base em comentários de amigos mineiros da estudante.
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