Corpo de brasileira morta em Portugal é enterrado em cidade de Minas Gerais
O corpo da universitária Thaís Caroline Gonçalves, 22, que morreu no dia 13 deste mês em hospital de Braga, Portugal, foi enterrado neste domingo (20) no cemitério municipal de Ouro Fino, cidade localizada no sul de Minas Gerais.
O velório começou assim que o caixão da estudante chegou à localidade, oriundo do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), por volta das 2h30 da madrugada de hoje.
O voo trazendo o corpo de Thaís e sua mãe, que foi ao país europeu para acompanhar o traslado, aterrissou no aeroporto paulista por volta das 19h30 deste sábado (19).
Durante a despedida, realizada no velório municipal, localizado em frente ao cemitério da cidade, amigos e parentes da moça estavam usando camisetas com sua foto, além de estampar nas costas parte da letra da música “Por Enquanto”, composta por Renato Russo, e interpretada por Cássia Eller, uma das preferidas da jovem, de acordo com Maria Aparecida Goncalves Pereira, prima de Thaís e moradora de Ouro Fino.
Um missa de corpo presente foi celebrada, às 13h, no santuário São Francisco de Paula e Nossa Senhora de Fátima, na igreja matriz da localidade mineira. Em seguida, a família prestou uma última homenagem a Thaís exibindo vídeo no qual foram repassadas fotos dela, desde a infância até a fase adulta. Segundo Maria Aparecida, o velório atraiu muitos moradores ao local.
"Foi uma missa muito emocionante. E a homenagem também", descreveu. De acordo com ela, o enterro ocorreu por volta das 16h30.
O caso
Thaís cursava relações internacionais na Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Franca (400 km de São Paulo). A instituição de ensino brasileira intermediou o intercâmbio da aluna na universidade do Minho, em Braga, onde ela estava desde fevereiro deste ano, segundo familiares.
Ainda de acordo com eles, a jovem foi internada na unidade hospitalar da cidade portuguesa no sábado (12), mas o motivo da internação não havia sido informado aos parentes.
“Disseram apenas a uma prima que ela estava muito agitada, mas que o estado de saúde era bom. Essa prima ligou mais tarde para o hospital e foi informada que ela estava bem e teria alta no outro dia”, disse Maria Aparecida.
Ainda segundo ela, a família foi surpreendida no dia seguinte com a notícia da morte da universitária, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.
Coincidentemente, a universitária estava com retorno programado para o Brasil no mesmo dia em que foi anunciada a morte à família. Segundo a assessoria da Unesp, as despesas da viagem da mãe da universitária para Portugal foram custeadas pela universidade brasileira. Em nota, a assessoria informou que “está concedendo apoio integral à família”.
“Para a família foi um baque. Ninguém se conforma porque ela era muito saudável. É um mistério para nós, já que fomos informados que ela estava bem e, de uma hora para outra, ela morre. Nós exigimos uma explicação sobre o que aconteceu”.
A prima afirma ainda que Thaís não tinha histórico de alergia a medicamentos nem era depressiva --problema que chegou a ser atribuído à jovem, com base em comentários de amigos da estudante.
Assassinato descartado
A autópsia no corpo de Thaís, realizada na tarde da última quinta-feira (17), descartou a hipótese de homicídio. Mantêm-se como causa provável a morte natural ou o suicídio.
Segundo informações divulgadas pela comunicação social portuguesa, os exames preliminares ao corpo da estudante resultaram inconclusivos, havendo apenas a certeza de que não se tratou de um homicídio.
As autoridades admitem como possível que uma reação a medicamentos possa ter sido a causa. A jovem pode ter ingerido algum medicamento que, conjugado com a medicação administrada pelo hospital, tenha provocado uma reação que culminou na morte.
Apenas exames complementares (toxicológicos) poderão determinar com exatidão as razões da morte de Thaís, uma vez que são necessários vários exames em diferentes órgãos do corpo.
Segundo Eduardo Celino, primo da mineira que foi a Portugal para auxiliar a mãe dela, caso não fique convencida do que causou a morte da estudante, a família pretende pedir a revisão do procedimento e da documentação no Brasil.
“Caso não nos satisfaça, a gente vai pedir alguma coisa adicional. O que a gente pode fazer é pedir uma revisão da documentação, referente à autópsia feita em Portugal, para averiguar a possibilidade de algum exame ser refeito ou ser adicionado”, disse em referência ao fato de considerar remota a chance de uma segunda autópsia ser feita no Brasil.
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