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Belo Horizonte registra mais de 30% da chuva esperada para todo o mês em dois dias

Rayder Bragon

Do UOL Notícias, em Belo Horizonte

28/11/2011 11h59

Belo Horizonte e a região metropolitana registraram, em apenas dois dias, mais de um terço da chuva esperada para todo o mês de novembro, cuja média histórica é de 240 milímetros.

Como consequência da chuva ininterrupta registrada desde o último sábado (26), a defesa civil municipal interditou sete casas em uma vila do bairro Glalijá, região oeste da capital mineira.

Segundo o órgão, a interdição ocorreu porque duas casas ameaçam desabar na rua Antônio Vieira Nunes, na Vila Esporte. Os moradores foram retirados dos imóveis e enviados à casa de parentes.

Por medida de segurança, outras cinco moradias, localizadas no entorno das que podem ruir, foram evacuadas e os moradores também foram encaminhados à casa de familiares.

De acordo com Geraldo Paixão, do setor de meteorologia da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), o volume registrado nos últimos dois dias foi de 100 milímetros.

“A média histórica do mês já foi alcançada com a somatória do que choveu neste fim de semana, com o que já havia chovido no mês”, disse o especialista.

De acordo com a previsão do centro de meteorologia da Cemig, a chuva contínua deverá cessar a partir desta quarta-feira, na região metropolitana de Belo Horizonte.

“A frente fria ainda atua na região, mas as chuvas deverão ser intermitentes a partir de quarta-feira. Haverá diminuição da nebulosidade, o que significa que o calor tende a aumentar, ocasionando pancadas de chuvas isoladas”, explicou.

Alerta

No entanto, conforme o meteorologista Ruibran dos Reis, do Instituto Minas Tempo, há a possibilidade de essas chuvas espaçadas serem mais intensas, nas próximas duas semanas, na região metropolitana de Belo Horizonte, nas regiões sul, campo das vertentes, zona da mata e leste do Estado.

A Defesa Civil de Minas Gerais informou que dez cidades mineiras decretaram situação de emergência por conta do novo período chuvoso. Segundo boletim atualizado do órgão, 22 pessoas ficaram desabrigadas e 250 desalojadas.

Até o momento, uma pessoa morreu, outra está desaparecida, e três se feriram em razão do mau tempo.

O informe ainda revela que 1.220 casas apresentaram danos e 35 imóveis foram destruídos, além de uma ponte.