Justiça determina demolição de mais dois prédios após queda de imóvel em BH
A Justiça de Minas Gerais determinou nesta quarta-feira (11) que a construtora responsável por dois prédios interditados na rua Laura Soares Carneiro, localizada no bairro Buritis, região oeste de Belo Horizonte, faça a demolição das edificações.
Os edifícios, que formam o condomínio Art de Vivre e estão em fase final de construção, foram interditados pela Defesa Civil municipal em outubro de 2011 e ficam ao lado de onde, até o início da manhã de terça-feira (10), estava situado o edifício Vale dos Buritis, que desabou.
Segundo o juiz Renato Luís Dresch, apesar de o desabamento da construção não ter produzido vítimas nem danos materiais aos vizinhos, permanece a situação de risco. A empresa responsável pelo erguimento dos prédios, a Podium Engenharia, terá um prazo de dez dias para realizar o trabalho. Caso descumpra a decisão judicial, a empresa deverá pagar multa diária de R$ 20 mil.
Segundo a assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte, o município havia entrado com ação na Justiça, na quinta-feira passada, para que as empresas responsáveis pelos prédios interditados fossem obrigadas a derrubá-los. No entanto, na última segunda-feira (9), o juiz Alexandre Quintino Santiago mandou a própria prefeitura da capital mineira demolir o prédio Vale dos Buritis. No entanto, o edifício, que vinha sofrendo processo de degradação há meses, veio ao chão antes da demolição.
A área no bairro Buritis está isolada pela Defesa Civil de Belo Horizonte, que determinou a moradores de um quarto prédio, na mesma rua, a desocuparem os apartamentos.
O órgão já havia interditado outros imóveis na rua Protásio de Oliveira Penna, que fica em nível abaixo da rua onde estão os prédios com risco de ruírem, e poderiam ser atingidos pelos destroços das edificações. O UOL tentou contato com representantes da Podium Engenharia, sem sucesso.
Prédio atraía curiosos
O prédio Vale dos Buritis, que desabou na manhã desta terça-feira (10), vinha atraindo curiosos ao local por conta de sua estrutura, que estava se degradando aos poucos.
O UOL esteve no local e, mesmo sob chuva, encontrou pessoas que foram tirar fotos do prédio, ou simplesmente observar a estrutura em frangalhos.
O servente Roselito Jesus dos Santos, 33, que trabalha em uma obra próxima aos prédios interditados, disse que muitas pessoas se dirigiam ao local para fazer fotos e filmagens. “O povo não deixa de vir aqui, mesmo sabendo dos riscos. Nesse fim de semana, tinha muita gente”, disse.
Os condôminos acionaram na Justiça, em junho de 2010, a Estrutura Engenharia, empresa responsável pela construção, exigindo indenização por danos patrimoniais e morais, em razão de o prédio ter apresentado trincas que se avolumaram com o passar do tempo. A edificação tinha 15 anos. Ainda não houve uma decisão sobre o caso.
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