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Homem é preso em flagrante após tentar extorquir R$ 300 mil de secretário em MG

Do UOL, em Belo Horizonte

18/01/2012 13h55

Um homem de 42 anos foi preso em flagrante em Alfenas (378 km de Belo Horizonte) ao tentar extorquir R$ 300 mil do secretário de Planejamento e Orçamento do município, Salomar Junior de Carvalho.

Depois de uma operação policial na segunda-feira (18), Fernando Franco foi flagrado e está detido no presídio da cidade. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Carlos Camargo, o homem saiu de São Paulo há seis meses e se mudou para Minas Gerais, onde mora com a família da companheira.

Em novembro do ano passado, Franco começou a ligar para o secretário exigindo dinheiro em troca de silêncio em relação a um dossiê que teria sobre a vida profissional e pessoal do secretário.

O golpista chegou a ameaçar de morte Carvalho e sua família. Segundo o delegado, a vítima não deu atenção para as ligações, pois considerou um trote e sabia que a história de dossiê era um “blefe” do golpista. Porém, com a insistência do criminoso, resolveu procurar a delegacia da cidade e registrar uma queixa-crime.

A partir da denúncia, a polícia iniciou investigação sobre os telefonemas e armou um esquema para prender o suspeito em flagrante. Orientado pelos investigadores do caso, o secretário propôs ao golpista entregar R$ 10 mil em troca do dossiê. Franco aceitou e marcou o encontro para entregar os papéis em troca do pacote de dinheiro.

No local combinado, o criminoso foi surpreendido pela Polícia Civil, que montou uma operação para flagrá-lo. Segundo o delegado Camargo, o homem não resistiu à prisão e não apresentou o suposto documento que deveria ser entregue no encontro. Ele ainda confessou a tentativa de extorquir dinheiro do secretário.

Franco foi ao encontro usando uma moto com a placa adulterada. O suspeito colocou fita isolante para mudar números e letras. Além de ser autuado pelo crime de extorsão, também foi flagrado pela fraude no veículo.

De acordo com o delegado, a pena pelos dois crimes pode variar de três a 12 anos de prisão. Franco não tinha passagem pela polícia e, segundo Carlos Camargo, o crime de extorsão é inafiançável.

A reportagem do UOL tentou falar com Carvalho, mas a Secretaria de Planejamento e Orçamento informou que ele pediu licença do cargo. O motivo do afastamento não foi informado.