PF desmonta destilaria de uísque falsificado no RS; urina poderia se misturada à bebida
A Polícia Federal flagrou, na manhã desta quarta-feira (18), uma destilaria clandestina de uísque em Santana do Livramento (a 489 quilômetros de Porto Alegre), na fronteira com o Uruguai.
A fábrica, que produzia bebida falsificada com se fosse da marca escocesa Johnny Walker, funcionava em uma pensão de fachada no centro da cidade. A PF suspeita que urina era misturada à bebida.
A operação foi realizada em conjunto com a Receita Federal e a Brigada Militar. As garrafas de uísque eram comercializadas por camelôs, próximo da fronteira com Rivera, no Uruguai.
Apesar de estar localizado em bairro nobre, em frente à praça Flores da Cunha, na avenida João Pessoa, as acomodações da pequena destilaria eram precárias.
“O prédio era antigo e a fiação elétrica estava em péssimas condições. Além do material para produzir a bebida, foram encontrados eletroeletrônicos e, em outro cômodo, um depósito de fogos de artifício, possivelmente para o comércio irregular”, afirmou o chefe da delegacia de Policia Federal em Santana do Livramento, delegado Alessandro Maciel Lopes.
As garrafas de uísque eram cheias com diversos tipos de líquidos. “Eles aproveitam as garrafas e caixas dos uísques estrangeiros e produzem a bebida com qualquer coisa, como corante e até amônia”, disse Lopes.
Próximo aos recipientes foram encontradas garrafas com urina. “Não descartamos que a urina também vinha sendo utilizada para se passar como uísque”, declarou o delegado.
Cinco pessoas foram presas e conduzidas à Delegacia de Polícia Federal na cidade, onde foram autuadas em flagrante. Dezenas de garrafas vazias, embalagens e litros de bebida foram apreendidos.
Devido à grande quantidade de material, um caminhão da Receita Federal precisou ser deslocado para o transporte das mercadorias. A pena para a produção, depósito e comércio de bebidas falsificadas é de 4 a 8 anos de reclusão.
Recentemente, a Receita Federal apreendeu na cidade um carregamento com cinquenta garrafas de uísque falsificado. O delegado disse acreditar que outras destilarias clandestinas também estejam produzindo a bebida na região.
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