Açougueiro que esquartejou professora no Sul é condenado a 21 anos de prisão
O açougueiro acusado de matar a ex-namorada, há 13 anos, no interior gaúcho foi sentenciado a 21 anos de prisão em regime fechado. Edson Reina, 48, foi condenado por assassinar, esquartejar e esconder as partes do corpo da professora Deise Charopen Belmonte, na época com 23, em um júri que durou mais de 6 horas, na cidade de Sant’Ana do Livramento (a 489 quilômetros de Porto Alegre), na fronteira oeste.
Tão repercutido quanto o próprio crime, o julgamento mudou a rotina da cidade de 82 mil habitantes. Na manhã desta quarta-feira (29), a tiragem do jornal "A Plateia", principal do município e que trouxe seis páginas sobre a cobertura do caso, já havia se esgotado. Durante toda esta terça-feira e madrugada de quarta, o plenário do fórum da cidade esteve cheio.
A defesa de Reina trabalhou sustentando que a perícia nos restos mortais de Deise continha imprecisões no apontamento da hora da morte da jovem. Isso retiraria a responsabilidade do crime do acusado.
Porém, a promotoria alegava que, como o réu já havia sido julgado e condenado por ocultação de cadáver e vilipêndio – no mesmo caso –, seria impossível haver outro autor para o assassinato. Por volta das 3h40 desta quarta-feira, o juiz anunciou a sentença. Reina pode recorrer da decisão, porém em regime fechado.
O caso
Em 3 de agosto de 1998, Reina abordou Deise, com quem mantinha uma relação extraconjugal, e a fez entrar em seu automóvel. Ele a levou para um lugar ainda não identificado antes de assassiná-la. Cinco dias depois, o tronco e os braços da vítima foram encontrados na BR-293, na localidade de Cerros Verdes.
Conforme os autos do processo, assinados pelo juiz da época, Frederico Menegaz Conrado, o assassino causou “sofrimento grave e atroz, desnecessário ao resultado criminoso visado, demonstrando perversão e insensibilidade moral impressionantes, inclusive tendo esquartejado o corpo”.
Chamou a atenção a forma que Reina cortou as articulações da vítima, demonstrando domínio técnico nos cortes realizados”. Na época, a polícia apreendeu no açougue de Reina duas facas de açougueiro, com lâminas de quatorze centímetros, compatíveis com os ferimentos verificados no cadáver de Deise.
Conforme a acusação, depois de mutilar o corpo da ex-amante, o acusado do assassinato colocou as partes em sacos e depositou-os em um lixão clandestino.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.