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Comissão Nacional da Verdade deve fazer audiências sigilosas, diz Gilson Dipp

Daniella Jinkings

Da Agência Brasil, em Brasília

02/07/2012 22h57

Durante o trabalho de investigação, a Comissão Nacional da Verdade deve fazer audiências sigilosas. A medida, segundo o coordenador da comissão, ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Gilson Dipp, é para preservar os depoentes e necessário para o trabalho da comissão. Ele negou que exista um termo de sigilo exigido das pessoas que prestarem depoimentos.

“Não podemos desperdiçar uma oportunidade de se atingir a verdade pelo simples fato de divulgar imediatamente aquilo à sociedade. Fica a critério dele [o depoente] informar ou não [o que disse ao grupo]. Não existe termo de sigilo”, disse.

Uma lista com o nome das pessoas que devem ser ouvidas pela comissão está sendo elaborada.

De acordo com Dipp, o depoimento de algumas dessas pessoas listadas será sigiloso, pois a lei permite que isso ocorra.

“Vamos tomar depoimento sigiloso, mas ele vai dar vários indícios de onde podemos procurar informações mais detalhadas."

Para o ex-ministro da Justiça e membro da comissão, José Carlos Dias, as informações devem ser mantidas em sigilo enquanto a comissão estiver investigando.

“Não acredito em investigação de portas abertas. A investigação leva sempre à necessidade de respeitar o sigilo."