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Polícia do Piauí prende 7 suspeitos de comprar passagens com cartões clonados e vender nas redes sociais

Aliny Gama

Do UOL, em Maceió

18/07/2012 12h00

A Polícia Civil do Piauí prendeu nesta quarta-feira (18) sete pessoas acusadas de integrarem uma quadrilha que clonava cartões de crédito em Teresina. Cerca de mil pessoas já teriam sido vítimas do golpe, que desviou aproximadamente R$ 500 mil.

Segundo a polícia, os dados eram clonados em Teresina e repassados para outro grupo, que, entre outros métodos, usaria os cartões clonados para pagar passagens aéreas e vendê-las pelas redes sociais com descontos de até 80%.

A Operação Skimming cumpriu sete mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão na capital piauiense e em Natal, onde foi preso o casal acusado de chefiar a quadrilha.

A polícia informou que as investigações começaram há três meses e apontaram que o grupo era especializado em clonar dados de cartões de crédito no comércio de Teresina, especialmente em postos de gasolina.

A polícia teve conhecimento do esquema após identificar funcionários de postos de combustíveis que, ao operarem máquinas de cartões de débito e crédito, copiavam os dados dos cartões dos clientes, como número, data de vencimento e código de segurança.

Os dados furtados eram repassados aos chefes da quadrilha, em Natal. A quadrilha, segundo a polícia, atuava em diversos Estados, usando os cartões de crédito clonados.

As investigações apontaram ainda que os integrantes do esquema, entre eles frentistas, ganhavam comissões por cada número copiado.

A polícia informou ainda que grande parte das passagens adquiridas pelo grupo era comprada por camelôs do "Shopping da Cidade", localizado em Teresina, que usariam as viagens a São Paulo para comprar produtos falsificados e contrabandeados, que eram revendidos na capital piauiense.

Nome

Segundo a polícia, a operação foi chamada de Skimming “em alusão ao verbete da língua inglesa que traduz-se ao português como leitura rápida, maneira pela qual a quadrilha obtinha os dados dos cartões magnéticos, principalmente o CVV, Código Verificador de Validade, desses cartões bancários.”