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Escrivão da PF que trabalhava no mesmo local de agente assassinado é encontrado morto

Fernanda Calgaro

Do UOL, em Brasília

19/07/2012 19h55

Um escrivão da Polícia Federal do Distrito Federal foi encontrado morto no final da tarde desta quinta-feira (19). Ele trabalhava na mesma superintendência do agente da PF Wilton Tapajós Macedo, assassinado na terça-feira (17) com dois tiros em um cemitério de Brasília.

O corpo de Fernando Spuri Lima, 34, foi encontrado em um condomínio residencial no Jardim Botânico, região administrativa perto de Brasília e, segundo a assessoria de imprensa da PF, há indícios de que tenha cometido suicídio. Lima trabalhava no mesmo departamento que Tapajós, mas, ainda segundo a assessoria, eles não realizavam trabalhos juntos.

Tapajós participou da operação Monte Carlo, que prendeu o contraventor Carlinhos Cachoeira e investigou dezenas de policiais militares, civis e federais. A própria PF abriu uma investigação sobre o caso, que também é apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal. A operação já tem um histórico de ameaças a investigadores e a um juiz que tocava o caso. 

A investigação sobre a morte de Tapajós está focada em duas hipóteses: morte por encomenda ou acerto de contas.

Ontem, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ser "precipitado" afirmar que o assassinato do policial foi motivado pelo trabalho dele. "A Polícia Federal está apurando as circunstâncias em que se deu a morte. Neste momento, é precipitado tirar qualquer conclusão em relação a esses fatos", afirmou o ministro, que defendeu rigor na apuração do assassinato.

"Em qualquer investigação que se faz sempre existe situação de ameaça. Isso é normal da vida de policiais. Eu não posso afirmar que nesse caso tenha havido uma ligação. Assim que tivermos indícios reveladores nos os tornaremos públicos e medidas serão tomadas", completou. (Com Valor Online)